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Capital

Guarda destrói loteamento e fica de plantão para evitar nova invasão

Mariana Rodrigues | 24/10/2015 14:43
Guardas Municipais teriam destruído na manhã deste sábado (24), as cercas que demarcavam os terrenos das famílias. (Foto Marcos Ermínio)
Guardas Municipais teriam destruído na manhã deste sábado (24), as cercas que demarcavam os terrenos das famílias. (Foto Marcos Ermínio)

Guardas Municipais teriam destruído na manhã deste sábado (24), as cercas que demarcavam os terrenos das famílias que reocupam uma área da Prefeitura Municipal de Campo Grande na Rua Alto da Serra, nas Moreninhas II, na saída para São Paulo.

Segundo Rosaly Pereira Mendes, 30 anos, açougueira, ela e outras famílias teriam demarcado a área na noite de ontem. “Eu limpei todo o local, coloquei a cerca. Estava tudo certo, quando cheguei aqui pela manhã já para montar o barraco vi que a cerca estava totalmente destruída”, conta.

Rosaly afirma que foram os guardas que destruíram as demarcações. “Eles estavam aqui quando chegamos hoje cedo”, diz e acrescenta ainda que não foi só a demarcação dela que destruíam. “Outras famílias estavam com tudo pronto para começar a construir hoje e também tiveram suas cercas arrancadas”.

“Eles podem derrubar 10 vezes que eu vou reerguer, pois quando essa área estava tomada pelo mato e pelo lixo, a Prefeitura não mandava os guardas municipais virem aqui retirar e limpar esses terrenos. Agora que limpamos tudo eles vem requerer o local que antes estava abandonado”, argumenta Rosaly.

Segundo Andrea Pereira Mendes, 36 anos, faxineira , ela mora de aluguel e diz não ter condições para arcar com as despesas da casa, e sustentar os quatro filhos. Assim como os outros ocupantes das área, ela também havia cercado um espaço onde iria construir seu barraco. “Quando cheguei aqui já estava tudo derrubado”, diz.

As cercas que serviram para marcar o loteamento foram todas arrancadas. (Foto: Marcos Ermínio)
As cercas que serviram para marcar o loteamento foram todas arrancadas. (Foto: Marcos Ermínio)

Assuero Batista de Souza, trabalha com limpeza de ruas e mora há um ano de aluguel. Ganhando apenas um salário mínimo ele alega que não tem condições de pagar R$ 350 e ainda arcar com despesas da casa, por isso decidiu ocupar a área já que não consegue uma casa popular.

“Meu maior medo é que todos conhecemos a fama que os guardas municipais têm de abusarem do poder. Tememos que quando erguemos os barracos eles sejam truculentos e usem da força para nos tirar, pois temos crianças aqui também”, destaca.

Quando a equipe do Campo Grande News chegou até o local a ocupação, havia três guardas motorizados. Eles disseram que estavam ali desde às 8h da manhã de hoje para fazer ronda. Eles informaram ainda que a situação estava tranquila no local e que foram orientados pela prefeitura a impedir a invasão da área.

Segundo Rosaly Pereira Mendes, 30 anos, açougueira, ela e outras famílias teriam demarcado a área na noite de ontem. (Foto: Marcos Ermínio)
Segundo Rosaly Pereira Mendes, 30 anos, açougueira, ela e outras famílias teriam demarcado a área na noite de ontem. (Foto: Marcos Ermínio)
Mesmo com a presença da Guarda Municipal, o clima era de tranquilidade. (Foto: Marcos Ermínio)
Mesmo com a presença da Guarda Municipal, o clima era de tranquilidade. (Foto: Marcos Ermínio)
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