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Capital

Homem diz que estava muito bêbado e não crê até hoje que matou a esposa

Renan Nucci | 16/01/2015 10:17
Acusado de matar a esposa, Almeida alega que bebeu três copos de pinga, e que depois não lembra do que aconteceu. (Foto: Marcos Ermínio)
Acusado de matar a esposa, Almeida alega que bebeu três copos de pinga, e que depois não lembra do que aconteceu. (Foto: Marcos Ermínio)

Alegando “amnésia”, o auxiliar de serviços gerais Marcos José de Almeida, 36 anos, afirmou que estava bêbado demais para se lembrar do que aconteceu na noite do dia 11 de julho do ano passado, quando teria assassinado a esposa Ana Paula Virgílio com golpe de faca, na região do Jardim Panamá. Ele está sendo julgado na manhã desta sexta-feira (16), pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.

Almeida é acusado de homicídio qualificado, já que atacou a mulher de surpresa, maneira pela qual ela não teve chances de defesa. O autor é natural do Paraná, não tem outros antecedentes criminais e veio ao Mato Grosso do Sul para trabalhar em uma empresa de refrigeração. Na oportunidade, conheceu a vítima e manteve um relacionamento com ela por cerca de cinco ou seis meses, até matá-la.

No dia dos fatos, ele a agrediu em casa, de frente à Igreja Maria Mãe, na Avenida Júlio de Castilho, após uma discussão. Perante o júri, Almeida negou as acusações e disse que estava bêbado demais para se recordar. Ele diz ter lembranças do que aconteceu antes e depois, mas nada de durante o crime. “Não lembro de nada do acontecido. Até hoje não acredito que foi eu quem matou ela”, afirmou.

Depois de sair do trabalho, ele foi até um bar da região, onde ficou bebendo até por volta das 23h. “Bebi uns três copos grandes de pinga”. Em seguida, quando se preparava para deixar o estabelecimento, se deparou com a autora agitada. “Ela chegou alterada e eu sai do bar, para preservar as pessoas que estavam no local. Daí em diante não sei o que aconteceu. Só lembro de mais tarde, de minha cunhada desesperada falando que eu ia ser preso, e da polícia me prendendo”.

O réu foi encontrado na casa do irmão, na mesma região, e autuado em flagrante. Questionado sobre como teria chegado lá, continuou alimentando a tese de que não se lembrava de nada. “Não sei como eu cheguei, e também não faço ideia de onde surgiu essa história da faca”. O juiz Aluízio Pereira dos Santos conduz o caso. O resultado do julgamento deve ser divulgado nas próximas horas.

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