"Foi uma covardia": Idoso é rendido com mata-leão em assalto dentro de casa
Vítima teve sua casa vasculhada e seu celular roubado; suspeitos foram presos em flagrante pela PM

Idoso de 77 anos viveu momentos de terror na noite desta segunda-feira (19), ao ser rendido por dois criminosos dentro da própria casa, no Bairro Coophavila II, em Campo Grande. Durante o crime, ele sofreu agressões e ameaças, teve a casa revirada e o celular levado pelos assaltantes. “Foi uma grande covardia o que fizeram comigo”, desabafou, emocionado, à reportagem.
RESUMO
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Idoso de 77 anos foi vítima de assalto violento em sua residência no Bairro Coophavila II, em Campo Grande, na noite de segunda-feira (19). Rendido com um "mata-leão" por Adriano Ferreira, de 27 anos, e Samara de Souza Soares, de 37, o idoso teve sua casa vasculhada e seu celular roubado. A dupla foi detida graças à intervenção de populares que acionaram a polícia. Com os suspeitos, foram encontradas 25 munições de calibre 38 e uma caixa de som. Samara, durante o transporte à delegacia, proferiu ameaças à vítima, afirmando que deveria tê-lo matado e que atearia fogo nele. Abalado, o idoso, que mora sozinho, desabafou sobre a violência crescente e a vulnerabilidade dos idosos. Ele lamentou a invasão de sua privacidade e a sensação de insegurança, mesmo dentro de casa.
A vítima contou que estava em casa, quando ouviu um barulho vindo do quintal. Ao verificar, foi surpreendido com um golpe “mata-leão” aplicado por Adriano Ferreira, de 27 anos. Em seguida, Samara de Souza Soares, 37, também invadiu o terreno. Enquanto o idoso era imobilizado, a mulher vasculhou a residência em busca de objetos de valor. Sem encontrar nada, ela pegou o celular do idoso e fugiu com o comparsa.
Do lado de fora, dois homens que passavam pelo local, 43 e 28 anos, ouviram os gritos de socorro da vítima e decidiram ajudar. Eles começaram a seguir os suspeitos em um veículo HB20 e encontraram uma viatura da PM na Rua dos Arquipélagos, pedindo apoio.
A equipe conseguiu abordar Adriano na Rua dos Recifes, onde ele tentou se livrar de uma mochila contendo 25 munições de calibre 38 e uma caixa de som com pendrive. Samara foi localizada pouco depois, ainda com o celular do idoso e outro aparelho.

Durante o trajeto até a delegacia, Samara ainda ameaçou a vítima, dizendo que “deveria ter matado” o idoso e que “iria tacar fogo nele”, além de insultá-lo com palavras ofensivas. Ambos os autores foram levados à delegacia. Adriano precisou ser algemado por estar alterado e em fuga, enquanto Samara não resistiu à abordagem.
Muito abalado, a vítima relatou à reportagem que nunca havia passado por situação parecida. “Eu não saio, eu não bebo, eu não procuro confusão. Eu nem tenho nada de valor. Trabalhei a vida toda como funcionário público, casei, tive filho, me divorciei e agora moro sozinho. Eu achava que meu muro era seguro. Eles reviraram tudo e só levaram meu celular”.
Chorando, ele lamentou o cenário de violência. “O mundo está muito difícil. Eu fico em casa, mas você liga a televisão e só vê notícia de roubo, furto. Eles escolhem quem é mais frágil, quem é idoso. É revoltante”, disse.
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