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Capital

Início de operação tem contradições, máquina parada e estouro de pneu

Edivaldo Bitencourt e Flávia Lima | 11/11/2015 11:12
Início de operação tem contradições, máquina parada e estouro de pneu
Prefeito Alcides Bernal disse que população também pode fazer denúncias caso observe alguma irregularidade na operação. (Foto:Fernando Antunes)
Prefeito Alcides Bernal disse que população também pode fazer denúncias caso observe alguma irregularidade na operação. (Foto:Fernando Antunes)

Contradições, máquinas paradas e um acidente com uma mulher, que perdeu um dos pneus do carro em uma cratera, marcaram o lançamento da retomada da operação tapa-buraco, na manhã desta quarta-feira (11), pelo prefeito Alcides Bernal (PP). Cinco empresas devem receber R$ 2 milhões por mês e concluir a "Operação Chega de Buracos e Lama" em 90 dias, segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Amilton Cândido.

A Prefeitura de Campo Grande marcou o início da operação para as 9h de hoje na Avenida Coronel Antonino, na Vila Margarida, em frente ao terminal de transbordo General Osório, na saída para Cuiabá.

O início da operação começou, literalmente, com um transtorno para a técnica em aparelho cardíaco Cristiane Souza Santos, 42 anos, que teve o pneu do Fiat Palio estourado em buraco da avenida. Além de perder o pneu, a calota da roda ficou amassada e a mulher foi obrigada a pedir socorro ao seguro.

Secretário Amilton Cândido diz que fiscais da prefeitura irão acompanhar os trabalhos. (Foto:Fernando Antunes)
Secretário Amilton Cândido diz que fiscais da prefeitura irão acompanhar os trabalhos. (Foto:Fernando Antunes)

“É uma vergonha a cidade desse jeito”, comentou Cristiane, que só passou no local para ir até uma loja de material de construção. Revoltada com a situação, ela decidiu esperar Bernal chegar para reclamar da situação das ruas.
O prefeito chegou e foi logo avisado de que havia no local uma vítima da buraqueira e pediu para conversar com a mulher. No entanto, ela pediu para conversar com ele em particular e evitou um bate boca em público sobre o responsável pela situação.

Dono de uma empresa de transporte escolar, Franklin Nascimento Coelho também acompanhou parte do lançamento da operação e criticou a ação da prefeitura. '"Ao invés de fazer cerimônia, tinha que já ter começado os trabalhos. Isso é obrigação do poder público. Já pagamos impostos para isso", disse.

Em seguida, Bernal lançou a operação, que será executada pelas empresas Selco, Pavitec, Gradual, Wala e Diferencial. O número de empresas pode ser maior, porém o secretário não dispunha dese total. Cada empresa tem entre uma e duas equipes, com 29 funcionários cada, entre técnicos e fiscais, incluindo os da prefeitura, que irão vistoriar o andamento das obras.

A lama asfáltica será fornecida pela Usimix. O prefeito destacou que serão investidos R$ 2 milhões na operação. O secretário o corrigiu e informou que serão R$ 2 milhões por mês, ou seja, R$ 6 milhões em 90 dias.

Apesar da estrutura montada para iniciar a operação, os três caminhões e uma máquina não começaram a tapar nenhum dos 300 buracos, segundo estimativa do prefeito, que atormentam os motoristas que trafegam pela Avenida Coronel Antonino.

Bernal e Cândido também não souberam estimar o tamanho da extensão do problema na cidade. O prefeito destacou que são 2,8 mil quilômetros de vias pavimentadas. Ele estima que praticamente toda a extensão precisa ser recuperada. O secretário de Infraestrutura até prometeu um levantamento, que ainda será concluído na sexta-feira, sobre quantos buracos existem na Capital.

Outra contradição foi quanto ao material que será usado para acabar com a buraqueira. Amilton Cândido, que está interino no cargo de secretário de Obras, informou que será usada massa asfáltica fria, que teoricamente é de baixa qualidade e durabilidade menor.

No entanto, um técnico da Secretaria de Infraestrutura, explicou que ele está equivocado. O material usado será lama asfáltica quente, de qualidade melhor e com durabilidade de um ano e meio a dois anos. Ele estima que serão usadas 70 toneladas de massa asfáltica por dia.

Nesse início de operação, as equipes irão trabalhar de forma simultânea, com ênfase na região central e nas vias de maior fluxo, como Coronel Antonino, Salgado Filho, Cônsul Assaf Trad, Rodolfo José Pinho, Mascarenhas de Moraes e Júlio de Castilho. De acordo com Bernal, as rua do Centro receberão os trabalhos da operação entre sábado e domingo. "Temos que fazer em dias de fluxo menor de carros", ressalta.

Nesta quarta-feira, as equipes estarão no trevo da Coca-Cola, na Avenida Gury Marques, Rua Panambi Verá com a Souto Maior, 14 de Julho, próximo a Euler de Azevedo e Coronel Antonino.

Sobre os buracos já tampados, mas que voltaram a abrir recentemente, como na Avenida Mato Grosso e Três Barras, o secretário Amilton Cândido disse que nesses locais foi realizado um trabalho emergencial, em parceria com a Águas Guariroba, por isso houve o problema.

Vias de maior fluxo terão prioridade no início da operação. (Foto:Simão Nogueira/Arquivo Campo Grande News)
Vias de maior fluxo terão prioridade no início da operação. (Foto:Simão Nogueira/Arquivo Campo Grande News)
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