Juiz aceita denúncia contra lutador que matou vigia e nega prisão
Negativa é justifica pela concessão do habeas corpus
O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, aceitou denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) contra o lutador Airton Colognesi, 30 anos, que no dia 7 de julho deste ano matou o vigia Adelson Eloi Nestor de Almeida, 46 anos, em Campo Grande.
Na denúncia, o MPE pediu a prisão preventiva de Airton. O magistrado indeferiu a solicitação, alegando que o lutador, agora réu, está amparado por habeas corpus.
“... deixo de aprecia-lo pois houve impetração de habeas corpus no Tribunal de Justiça, o qual concedeu, liminarmente, liberdade provisória ao aludido acusado”, justifica o juiz.
O caso - Airton matou Adelson no posto de combustíveis em que a vítima trabalhava, na madrugada. Testemunhas afirmaram inicialmente que o lutador utilizou uma barra de ferro para matar o vigia. A barra foi encontrada no local do crime, suja de sangue.
No entanto, estas mesmas testemunhas mudaram a primeira versão que passaram à Polícia e o autor negou que tivesse utilizado a barra.
Agora, laudo pericial divulgado nesta sexta-feira constatou que Adelson foi atingido pela barra de ferro. Outro laudo já havia constatado rachadura de 10 centímetros na cabeça da vítima.
O autor confesso do assassinato foi preso em flagrante, com as roupas ainda manchadas de sangue, mas, duas semanas depois saiu da cadeia com autorização judicial.
O juiz Alexandre Ito, em substituição na 2ª Vara à época, determinou fiança de 10 salários mínimos para a soltura, entretanto, a defesa alegou que ele não tinha condições de fazer o pagamento e o Tribunal de Justiça concedeu habeas corpus sem o pagamento.