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Capital

Justiça decreta prisão preventiva de filho que acorrentava mãe de 74 anos

Idosa foi resgatada na madrugada desta quinta-feira e filho preso em flagrante

Dayene Paz e Bruna Marques | 30/09/2022 11:57
Chorando, idosa conta que filho trocou móveis da casa por drogas. (Foto: Henrique Kawaminami)
Chorando, idosa conta que filho trocou móveis da casa por drogas. (Foto: Henrique Kawaminami)

O homem, de 35 anos, preso em flagrante por manter a mãe idosa, de 74 anos, acorrentada na casa onde viviam, no Jardim Aeroporto, em Campo Grande, teve a prisão convertida para preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. A decisão da juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna saiu na manhã desta sexta-feira (30).

O filho foi flagrado pela Polícia Militar, na madrugada desta quinta-feira (29), chutando a mãe, que estava caída no chão. Ela mesma contou aos policiais que estava sem comer há dois dias e vivia acorrentada na cama. Dentro da casa não havia quase nenhum móvel e a PM encontrou fezes de gatos em todos os cômodos.

A idosa retornou hoje para a residência, mas lamenta não ter o filho de volta. "Voltei morar aqui porque é a única casa que eu tenho. Ele ainda não voltou, policial levou, mas espero que ele volte. Ele não trabalha, é esquizofrênico, complica tudo quando junta com os amigos e bebe, aí ataca a loucura, mas depois passa. Ele me batia, mas só quando ficava alterado. Tá na mão de Deus", disse ela.

Com os olhos marejados, ela conta que ele acabou com tudo da casa em troca de drogas. "Carregou até minha cama, só tem fogão e geladeira, o resto levou tudo. Ele é esquizofrênico, não pode trabalhar. Além desse problema, ele se junta com certas amigos da onça e complica mais a situação" conta.

Ao ser questionada sobre a briga na madrugada de quinta-feira, ela explica que o filho se alterou quando não recebeu permissão para levar um botijão de gás embora. Nervoso com a situação, começou a agredir a mãe adotiva até a polícia ser acionada por vizinhos, que afirmaram à polícia, e à reportagem, que a idosa é agredida com frequência e os gritos por socorro duram quase 24 horas por dia.

O filho foi preso por lesão corporal, ameaça e maus-tratos, todos com agravante de violência doméstica. Ele não foi ouvido pela polícia por estar muito alterado.

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