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Capital

Justiça lança projeto de assistência a mães na doação de recém nascidos

Viviane Oliveira | 05/09/2011 10:15
O lançamento do projeto foi realizado nesta segunda-feira. (Foto: João Garrigó)
O lançamento do projeto foi realizado nesta segunda-feira. (Foto: João Garrigó)

A Vara da Infância e da Juventude lançou nesta segunda-feira projeto que busca reduzir os casos de abandono de recém nascidos e tornará o processo de adoção mais prático. O projeto Dar a Luz foi lançado no Fórum de Campo Grande com a presença de profissionais da área da saúde, assistentes sociais e psicólogos.

A juíza da Vara de Infância e Juventude, Katy Braun do Prado, explica que o objetivo é oferecer serviço de acolhimento, apoio e orientação às mulheres que desejam entregar seus filhos para adoção. Outro ponto é a reflexão sobre o processo de decisão e sobre a importância da entrega. “É importante frisar que no acompanhamento a mãe pode desistir a qualquer momento de doar o filho”, diz a juíza.

Segundo a juíza, o objetivo maior é tornar acessíveis os serviços da Justiça da Infância e Juventude. Os profissionais da saúde e assistentes sociais vão orientar as mulheres que desejam entregar o recém nascido para adoção.

“O projeto surgiu de uma observação de que muitas mulheres que têm gravidez indesejada não sabem o que fazer”, disse a juíza. Conforme ela, a mulher precisa entender que entregar o filho para adoção não é crime e sim um ato de amor que a mãe é capaz naquele momento.

A assistente social da maternidade da Santa Casa, Sueli Nunes, conta que por ano em média tem dois ou três casos de mãe que abandona o filho no hospital. “Isso acontece com mulheres que são usuárias de drogas e profissionais do sexo”, explica.

De acordo com Sueli só este ano foram três casos de abandono de recém nascido. “A mulher simplesmente foge do hospital e deixa a criança lá”.

Outro ponto é de que existe uma rede clandestina no hospital para fazer adoção de forma ilegal. “O maior índice de adoção que não dão certo começam assim”, afirma Katy.

Hoje 10 crianças de 0 a 2 anos passam por processo de destituição de poder dos pais. “Se as mães tivessem procurado a Vara da Infância para doar essas crianças, elas já estavam com uma família e não em abrigo como acontece hoje.

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