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Capital

Mais de 150 carros acompanham cortejo de filho de secretária morto por PMs

Velório aconteceu na Câmara de Vereadores do município de Jardim

Dayene Paz | 16/05/2022 11:11


Mais de 150 carros acompanharam o cortejo de Pedro Henrique Evangelista Bahia, 24 anos, morto na madrugada deste domingo (15) por policiais militares durante confusão em um bar de Jardim, a 236 quilômetros de Campo Grande. Pedro é filho da secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Cultural da cidade, Delaine Evangelista Bahia.

O velório do rapaz aconteceu na Câmara de Vereadores do município, na manhã desta segunda-feira (16). Conforme o site local, Jardim MS News, dezenas de familiares e amigos prestaram as últimas homenagens e acompanharam o cortejo até o cemitério municipal, onde o corpo será enterrado.

A morte de Pedro Henrique causou comoção na cidade. A prefeitura de Jardim emitiu nota de pesar e cancelou a missa de ação de graças pelo aniversário de 76 anos da cidade, em respeito à família da secretária Delaine Evangelista.

Morte de jovem - Conforme o boletim de ocorrência, Pedro estava em um bar, quando foi retirado do local após uma briga com o segurança. Nesse momento, ele disse que voltaria armado, momento em que o dono do estabelecimento acionou a Polícia Militar.

Antes mesmo que a viatura chegasse, Pedro voltou ao local em uma caminhonete Toyota Hillux, cor branca, e desceu com a arma em punho “apontando para várias pessoas”. Neste momento, testemunhas começaram a gritar “ele está armado”. Dois militares saíram e foram em direção a Pedro já se identificando e pedindo que ele abaixasse a arma. O rapaz não teria obedecido, apontou a arma para um deles e acionou o gatilho.

Os dois policiais então dispararam contra o rapaz “a fim de cessar a injusta agressão” - diz o boletim de ocorrência – e um terceiro militar de folga chegou a sacar também a arma, mas acabou não efetuando nenhum disparo. O Corpo de Bombeiros socorreu Pedro e o levou para o hospital, mas ele não resistiu e morreu.

A Polícia Civil investiga o caso e também a versão de testemunhas de que o jovem teria disparado seu revólver calibre 38 no local, motivo que fez os militares atirarem contra ele. Para isso foi feita perícia na arma e exame necroscópico irá apontar se há pólvora ou outros resíduos deixados pelo disparo da arma de fogo na mão de Pedro.

Além da investigação da Polícia Civil, foi aberto inquérito militar para apurar os fatos. Os militares foram afastados e farão acompanhamento psicológico até que tudo seja esclarecido.

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