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Capital

'Meu pai brincou com ele e morreu', diz filha de militar morto por policial

Luana Rodrigues | 18/12/2015 15:42
Projétil foi encontrado próximo ao local das mortes, já que policial e militar dispararam vários tiros um contra o outro. (Foto: Marcos Ermínio)
Projétil foi encontrado próximo ao local das mortes, já que policial e militar dispararam vários tiros um contra o outro. (Foto: Marcos Ermínio)

"Meu pai estava sentado, não falou que ia dar tiro em pneu de caminhão, ele falou que estouraria o pneu. Meu pai brincou com ele e morreu", diz a filha do segundo tenente do Exército Denivaldo Teixeira Santos, 58 anos, morto durante duelo com o policial civil Dalmir Martins da Silva, 50 anos, na noite de quinta-feira (17). Ambos morreram no tiroteio.

Daniela da Silva Alvez, 35 anos, afirma que o pai não era violento e, por isso, não acredita que ele tenha iniciado a discussão. "Meu pai nunca sacou a arma para ninguém, e ele só andava armado porque no passado tivemos nossa casa invadida e ele levou vários tiros", contou.

De acordo com a filha do militar, ela esteve no local logo após o ocorrido e por isso soube, por meio de testemunhas, que o pai só havia "brincado" com o policial, que teria ficado nervoso e o ameçado. "Meu pai era muito tranquilo, todo mundo gostava dele, tenho certeza que mesmo sob o efeito de bebida ele não teria começado a atirar", acredita Daniela.

Denilvado era segundo tenente aposentado do 38º Batalhão de Infantaria de Vila Velha, no Espirito Santo, mas atualmente morava no bairro Rita Vieira, em Campo Grande. Era divorciado, mas já havia se casado novamente, portanto deixa esposa, três filhos e duas netas. "É um tragédia, porque de fato meu pai era feliz, muito alegre. Os planos dele agora eram viajar, descansar com a mulher dele, depois do ano todo de tanto trabalho", lamentou a filha.

O caso - O tiroteio que terminou com a morte do segundo tenente do Exército, Denivaldo Teixeira Santos, 58 anos, e do policial civil Dalmir Martins da Silva, 50 anos, ocorreu na Rua Dona Henriqueta Vicente de Almeida, próximo a Trindade, Vila Ieda, em Campo Grande. Eles participavam de confraternização que começou por volta das 13h, em uma garagem de compra e vendas de veículos na Rua Dona Henriqueta Vicente de Almeida, próximo a Trindade, Vila Ieda, em Campo Grande.

Por volta das 17h, o policial Dalmir foi embora, mas retornou cerca de 90 minutos. Ele chegou dizendo que havia pegado carona com um vizinho para voltar à festa, porque não conseguiu sair de casa com o seu carro, pois um caminhão estava estacionado em frente ao portão da residência dele, que também fica na Vila Ieda.

Conforme a Polícia Civil, o subtenente passou a provocar o policial dizendo que se fosse ele "metia bala em todos os pneus do veículo". Por causa disso, os dois começaram a discutir, quando o policial sacou a arma da cintura, apontou para o rosto do subtenente e pediu para ser tirado do local, caso contrário mataria Denivaldo.

O dono da garagem, então, abraçou Dalmir e o levou para a frente do comércio dizendo que o levaria embora. Porém o policial percebeu que o subtenente se aproximava com uma arma na mão e também tirou a pistola da cintura. Os dois ficaram de frente e um passou a atirar contra o outro. Eles morreram antes da chegada do socorro. Testemunhas disseram que as duas armas foram descarregadas.

Até agora não foi conseguido contato e nenhum familiar do policial Dalmir Martins da Silva, 50 anos, entrou em contato com o Campo Grande News. Nas redes sociais também não encontrada nenhuma informação sobre ele.

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