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Capital

Morto em duelo, policial estava afastado e já havia sido preso

Luana Rodrigues | 18/12/2015 11:18
Troca de tiros ocorreu em garagem de compra e venda de carros. (Foto: Marcos Ermínio)
Troca de tiros ocorreu em garagem de compra e venda de carros. (Foto: Marcos Ermínio)

O policial civil Dalmir Martins da Silva, 50 anos, morto na noite desta quinta-feira (17) em uma troca de tiros com o tenente do Exército Denivaldo Teixeira Santos, 58, já havia sido preso por portar arma de fogo de uso restrito sem registro e investigado por cobrar propina para liberar um suposto contrabandista. Os casos ocorreram no ano de 2007, quando o investigador ainda estava em estágio probatório.

Atualmente, conforme a assessoria da Polícia Civil, Dalmir era lotado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Campo Grande. Mas, estava de licença médica.

Dalmir passou para o concurso de Investigador de Polícia Judiciária, 3ª Classe, em novembro de 2005, quando foi lotado na Delegacia de Polícia Civil de Coronel Sapucaia. Ele começou a trabalhar efetivamente em janeiro de 2006. Na unidade, Dalmir, exerceu a função e foi avaliado no período de 1 de fevereiro de 2006 a 1 de fevereiro de 2007, cumprindo os primeiros dois semestres do estágio probatório.

O estágio probatório foi interrompido em 2 de março de 2007, porque o policial foi preso em flagrante por portar uma pistola 9mm, semi-automática , marca Taurus, modelo PT99AF, com um carregador e contendo 15 munições, tudo sem registro. Dalmir ficou preso por 167 dias e foi solto no dia 15 de agosto do mesmo ano, quando voltou a exercer sua função efetivamente.

Propina - Em outro processo administrativo, Dalmir foi investigado por cobrar propina de um homem preso por contrabando em 8 de março de 2007, nas proximidades do trevo de acesso a cidade de Antonio João, na fronteira Com o Paraguai.

O homem contou a polícia que estava com 100 caixas de cerveja de lata, 20 de garrafas e mais 28 caixas de coca-cola adquiridas em território paraguaio, quando foi abordado pelo policial civil, que de arma em punho, exigiu nota fiscal da mercadoria transportada e, ante a ausência do documento o conduziu a delegacia de policia do município.

Recolhido a cela da delegacia, o homem disse que recebeu a visita de Dalmir, que lhe solicitou o valor de R$3 mil para ser liberado junto com a mercadoria apreendida. O contrabandista disse que pagou o valor exigido e foi liberado. O caso não foi comprovado, por isso foi tratado como comunicação falsa de crime.

Apto - Apesar das acusações, no dia 07 de outubro de 2009, o Conselho Superior da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul aprovou o estágio probatório do investigador de polícia e ele foi considerado apto a trabalhar.

A comissão de avaliação, formada por Roberto Medina Filho, José Waldir Barreto e Valmiro Batista Alves, desconsiderou a denúncia de cobrança de propina porque a investigação estava na fase inicial na Corregedoria de Polícia Civil e não poderia condená-lo antes de se concluir a investigação. O parecer foi aceito pelo presidente do órgão e diretor-geral de Polícia Civil da época, delegado Jorge Razanauskas Neto.

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