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Capital

Moradora será indenizada em 310 mil após ter casa alagada por falha na drenagem

Prefeitura de Campo Grande foi condenada depois de perícia apontar estrutura pública deficiente

Por Ângela Kempfer | 06/08/2025 11:33
Moradora será indenizada em 310 mil após ter casa alagada por falha na drenagem
Alagamento em Campo Grande em 2024, em uma das regiões mais problemáticas da cidade, na Euler de Azevedo (Foto: Arquivo)

A Justiça determinou que a Prefeitura de Campo Grande indenize uma moradora do Bairro Monte Castelo após sua casa ser invadida por água da chuva, causando perdas materiais e danos estruturais.  A decisão, da 2ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos da Capital, reconheceu que o problema foi provocado por falhas no sistema de drenagem pluvial mantido pelo poder público.

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Moradora de Campo Grande será indenizada em R$ 310 mil após sua residência ser invadida por água da chuva devido a falhas no sistema de drenagem pluvial municipal. A decisão judicial reconheceu a responsabilidade da prefeitura pelos danos causados, que incluem destruição de móveis e comprometimento estrutural do imóvel. Laudos técnicos comprovaram que o sistema de escoamento da região é insuficiente para o volume de chuvas, além de apresentar problemas de manutenção. O problema persiste há 11 anos, tendo origem na década de 1990, quando houve ocupação acelerada da área sem infraestrutura adequada.

O juiz Cláudio Müller Pareja fixou o valor da indenização em R$ 280 mil por danos materiais e R$ 30 mil por danos morais, totalizando R$ 310 mil a serem pagos à vítima. Conforme os laudos técnicos anexados ao processo, o volume de água que invadiu a residência chegou a um metro de altura, destruindo móveis, eletrodomésticos, documentos e afetando todos os cômodos do imóvel.

A perícia judicial confirmou que a casa foi construída de forma regular e que o muro dos fundos cedeu devido à forte pressão da água acumulada, o que agravou os danos estruturais. Segundo os especialistas, o sistema de escoamento da região é tecnicamente insuficiente para suportar o volume de chuvas típico, especialmente em dias como o que ocorreu o alagamento.

Além disso, foram identificados entupimentos e acúmulo de sujeira nos tubos da galeria pluvial local, o que contribuiu para o transbordamento da água. O perito concluiu que a galeria existente não foi projetada para suportar o volume real de escoamento necessário, e que não houve manutenção adequada por parte da administração municipal.

Para o magistrado, a situação caracteriza falha na prestação de serviço público, tanto por erro técnico no planejamento urbano quanto por omissão na manutenção do sistema de drenagem. Por isso, a responsabilidade do Município foi reconhecida, com base no dever legal de proteger o patrimônio e a segurança dos moradores da cidade.

O Campo Grande News solicitou posição da prefeitura de Campo Grande e aguarda resposta.

Desde 2014, portanto, há 11 anos, o Município promete soluções para a região. O problema começou na década de 1990 com a ocupação rápida do lugar e a abertura de avenidas, sem drenagem para compensar a impermeabilização do solo.