Moradores enfrentam lama e buracos para sair de casa, mesmo 24h após chuva
Moradores relatam ruas alagadas, buracos e barro em bairros como Nova Campo Grande, Vila Nasser e Parati
As chuvas do fim de semana transformaram diversos bairros de Campo Grande em verdadeiros lamaçais, com ruas alagadas, buracos e lama acumulada. O cenário, repetido a cada temporal, expôs novamente a falta de drenagem e pavimentação em regiões que aguardam há anos por infraestrutura básica.
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Moradores de diversos bairros de Campo Grande enfrentam transtornos causados pelas chuvas do fim de semana, que transformaram ruas não pavimentadas em lamaçais. Em bairros como Nova Campo Grande, Vila Nasser e Parati, a falta de infraestrutura básica resulta em alagamentos, crateras e acúmulo de lama. A Prefeitura afirma manter o compromisso de ampliar a pavimentação nos bairros. Com aprovação de Carta Consulta pela Caixa Econômica Federal, planeja reduzir os mil quilômetros de vias sem asfalto na capital, priorizando mobilidade e prevenção de alagamentos.
Na Nova Campo Grande, moradores como o aposentado Antônio Leite, de 86 anos, contam que a Rua 84 virou um campo de crateras e poças. “De vez em quando jogam entulho pra tapar, mas é só chover que volta tudo. Pra sair de casa tem que ir pela beirada”, relata. A poeira dá lugar ao barro logo após a chuva, um ciclo que ele diz viver desde 2006.
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Na Avenida 9, o barbeiro Guilherme Telles, de 23 anos, resume a rotina de quem enfrenta alagamentos dentro do próprio comércio. “Aqui fizeram o esgoto, cortaram a rua toda, mas não colocaram bueiro. Quando chove, a água chega até a calçada e entra na barbearia. Fica fedor, mosquito, e pra atravessar a avenida só de carro”, diz.
Na Rua 68, um morador que pediu para não ser identificado mora há apenas duas semanas, mas já descobriu o problema: “Sempre que chove, a água empoça. A pé é difícil de sair, e os carros só passam devagar.”
Na Vila Nasser, o problema é outro: a enxurrada. A dona de casa Simone Lara, 42 anos, mora na Rua Angelim do Cerrado, uma das poucas asfaltadas do bairro. “Essas ruas viram rio. Quando a água desce dos loteamentos lá de cima, fica cheio de barro. A enxurrada traz terra das ruas sem asfalto e para aqui”, explica. Ela também aponta que outra via próxima está tomada por lixo, o que agrava o entupimento das bocas de lobo.
No Parati, moradores também dizem que sofrem. O representante comercial Judson Pedro, 35 anos, mora há dois anos na Rua Esperidião Castelo Branco. “Nunca passou uma patrola aqui. Quando chove, essa parte vira um rio, acumula água e já vi carro atolar. Disseram que o asfalto chegaria no fim do ano passado, mas nunca aconteceu”, relata.
Em resposta, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos afirmou que a Prefeitura “mantém o compromisso de ampliar a pavimentação e melhorar a qualidade de vida nos bairros”.
A pasta destacou que, com a aprovação de uma Carta Consulta pela Caixa Econômica Federal,Moradores enfrentam lama e buracos para sair de casa após chuvas pretende avançar nas obras para reduzir os cerca de mil quilômetros de vias sem asfalto na capital, priorizando a mobilidade e a prevenção de alagamentos.
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