Moradores instalam cruzes em protesto por construção de unidade de saúde
Prefeitura informou que busca novo local para atender a região e descartou o fechamento da atual unidade

Inconformados com as condições de estrutura e de atendimento na UBSF (Unidade de Saúde da Família) do bairro, moradores do Jardim Nova Esperança realizaram uma manifestação na manhã desta terça-feira (1), para reivindicar a construção de uma nova unidade de saúde na região.
Atualmente, a UBSF funciona em um prédio alugado pela prefeitura que, de acordo com os moradores, não possui condições mínimas de estrutura para o atendimento de toda a população local.

Organizador da manifestação, o marceneiro Ageu dos Anjos, 49 anos, explica que há 12 anos os moradores sonham com a construção de uma nova unidade de saúde que foi prometida e planejada para ser construída próximo a rotatória que dá entrada do Parati, que atenderia moradores dos bairros Nova Esperança, Guanandi 2, Piratininga e Alto do Boa Vista.
"Isso é um descaso, já são mais de 10 anos esperando e nada. Corremos risco de ficar sem a atendimento próximo. No local onde está instalada, não têm nem cessibilidade, os equipamentos são ruins, não fazem coleta de sangue e nem esterilização de materiais por conta da precariedade", denunciou
A situação relatada pelo morador é confirmada até mesmo por funcionários da unidade, que se queixam também das condições de trabalho. "Até nossa internet é ruim, as vezes os pacientes não conseguem agendar consulta e tem que voltar em outro dia por conta do sistema. Nossa preocupação também é com os funcionários, se a unidade fechar pra onde vai os trabalhadores?", questionou o funcionário público Thiago Ribeiro do Santos, 36 anos.
No terreno onde seria construída a nova unidade básica de saúde, moradores instalaram cruzes e utilizaram um carro de som para chamar a atenção do poder público. Cerca de 60 pessoas acompanham o protesto, entre elas, a aposentada Helena Vilaplan Martins, 54 anos, que utiliza a unidade com frequência por problemas de saúde.
“Antes de trazer uma unidade pra cá, tínhamos que ir no Jóquei Clube, faço tratamento de reposição hormonal e todo mês preciso passara por um médico. Me revolta isso pois ficamos a mercê da sorte, minha família toda depende da saúde pública e todos frequentamos essa unidade”, relatou.

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a unidade de fato não possui condições estruturais para atender toda a região. Por isso, busca outro imóvel para transferência. Porém, a possibilidade de fechamento do local está descartada.
“Hoje a unidade funciona em um imóvel alugado. Que na verdade é uma casa adaptada. Existe um estudo para transferir o atendimento para um local mais apropriado, mas não há nada concreto sobre isso. O imóvel que a unidade está não tem condição mais, está muito deteriorado, por isso a preocupação do município em buscar um local mais adequado. Porém não há nenhuma indicação para fechamento da unidade, ela vai continuar funcionando onde está”, informou a secretaria.
Sobre a construção de uma nova unidade, a pasta confirmou que existe um projeto, mas que será necessário refazer todo o processo de licitação.