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Capital

MPE é contra prisão domiciliar para procurador preso suspeito de estupro

Aline dos Santos | 30/06/2016 09:14
Zeolla foi condenado em 2011 por matar sobrinho. (Foto: Marcelo Victor/Arquivo)
Zeolla foi condenado em 2011 por matar sobrinho. (Foto: Marcelo Victor/Arquivo)

O MPE (Ministério Público do Estado) é contrário à concessão de prisão domiciliar para o procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, suspeito de estupro de adolescente. “Como já é aposentado, não teria direito à prisão domiciliar. Mas entendeu que tem direito à cela especial porque já foi membro do Ministério Público, lidou com justiça criminal e não seria seguro uma cela comum”, afirma o advogado José Belga Trad.

Contudo, conforme a defesa do procurador, o Ministério Público considera boa a acomodação no Centro de Triagem de Campo Grande. Zeolla está desde sexta-feira (dia 24) na cela 17, que tem espaço para 24 pessoas e é ocupada por quem tem ensino superior. “Mas o banho de sol é junto”, afirma o advogado.

A defesa aguarda a decisão da 7ª Vara Criminal sobre o pedido de prisão domiciliar ou transferência para sala de Estado Maior. Zeolla foi preso em casa pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e ainda não prestou depoimento à DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Ele só pode deixar o presídio se o juiz autorizar o pedido do delegado.

O Gaeco, braço do Ministério Público, revelou que cumpriu o mandado porque estava em aberto desde abril e a polícia demorou, sem intenção de favorecimento ao procurador aposentado. Já a DPCA informa que não recebeu cópia da decisão judicial que deferiu a prisão preventiva.

Denúncia - A investigação contra Zeolla começou no ano passado, quando um adolescente de 13 anos agrediu a mãe. Ele disse que um homem, apontado como sendo o procurador, iria levá-lo para a Alemanha. A mãe questionou a situação e foi agredida pelo adolescente. O caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), que abriu investigação.

O aliciador seria um homem conhecido como “Carlos Xará”. A polícia identificou mais dois meninos de 10 e 11 anos. As duas crianças relataram que eram embebedadas antes dos abusos, além de serem sempre presenteadas com celulares, dinheiro e perfumes.

A identidade de “Carlos Xará” foi revelada a partir de consulta de placa do carro. O veículo foi fotografado por moradores do loteamento Nova Serrana, no Jardim Noroeste, na saída para Três Lagoas.

Em 2011, Zeolla foi condenado por matar o sobrinho. A condenação foi em regime semiaberto, mas ele obteve autorização para ficar internado em uma clínica e, atualmente, já estava em casa.

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