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Capital

Nova "readequação técnica" atrasa licitação para revitalizar Ernesto Geisel

Flávia Lima | 23/06/2015 15:23
Projeto inicial foi refeito já que não conseguiu conter as erosões às margens da avenida. (Foto:Arquivo/Marcelo Calazans)
Projeto inicial foi refeito já que não conseguiu conter as erosões às margens da avenida. (Foto:Arquivo/Marcelo Calazans)

Prevista para acontecer na última sexta-feira (19), a licitação para as obras de revitalização da Avenida Ernesto Geisel foi prorrogada para dia 1º de julho. Segundo informação da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), a prefeitura decidiu fazer uma readequação técnica, de ordem administrativa no certame, por isso houve o adiamento da abertura das propostas.

As obras de revitalização da avenida estão orçadas em R$ 68 milhões e serão executadas em seis etapas. Há três meses, quando assinou a ordem de licitação para obras do Parque Linear Anhanduí, o prefeito Gilmar Olarte (PP) havia ressaltado que a divisão em seis lotes deverá dar mais celeridade a obra, que na época da assinatura tinha previsão para ser entregue em 18 meses, a partir da ordem de serviço.

O projeto final passou por uma série de ajustes ao longo dos seis anos de sua concepção e chegou a ser licitado e iniciado em 2012, na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), mas foi interrompido no ano seguinte, já que após a posse do prefeito cassado Alcides Bernal (PP), a construtora que deveria realizar a obra acabou sendo desligada do projeto.

A primeira versão, de 2008, previa intervenções pontuais com muro de contenção para conter a erosão nas margens no trecho até a avenida Manoel da Costa Lima. Como as margens não se estabilizaram e continuaram desbarrancando, a Caixa não aceitou o projeto. Segundo os técnicos da Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação, esta situação decorreu do processo de impermeabilização do solo, gerado com a construção de novos empreendimentos e obras de pavimentação dos bairros localizados no entorno da bacia que desemboca no rio. A enxurrada ganhou velocidade, passou a chegar com mais rapidez ao leito do rio e, com isto, as margens começaram a desbarrancar e os transbordamentos ficaram mais frequentes.

Na alteração, encaminhada pela Prefeitura, foi prevista a execução da obra inteira no trecho entre a Rua Santa Adélia até a Avenida Campestre, no Aero Rancho. Esses ajustes foram necessários para garantir soluções definitivas e que também pudessem otimizar os gastos.

O projeto prevê a construção de muros laterais com placas de concreto e sistema gabião que permitirá a drenagem e a urbanização com grama, no trecho entre a rua Santa Adélia e a avenida Manoel da Costa Lima. Deste ponto até avenida Campestre, será executado um serviço de controle de água no canal, com escadarias, dissipadores e obras pontuais nos locais que recebem as águas da chuva que descem dos bairros localizados nas duas margens.

As obras de revitalização também contemplam recapeamento das duas pistas da avenida com readequação de largura, além da instalação de áreas de convivência com quadras de esportes, pista de caminhada e ciclovia nas margens do Rio Anhanduí.

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