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Capital

Nova unidade de Conselho Tutelar chega à região com mais casos de maus-tratos

No Parque do Sol, local terá sala especial para atendimentos da Defensoria Pública e parquinho

Por Lucia Morel e Fernanda Palheta | 14/03/2024 18:21
Sede do Conselho Tutlear do Anhanduizinho, 6º em Campo Grande. (Foto: Juliano Almeida)
Sede do Conselho Tutlear do Anhanduizinho, 6º em Campo Grande. (Foto: Juliano Almeida)

Inaugurado esta tarde, o prédio do novo Conselho Tutelar de Campo Grande, no bairro Parque do Sol, terá sala especial para atendimentos da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, além de parquinho e brinquedoteca. Presente no ato, a prefeita Adriane Lopes (Progressistas) disse que a região do Anhanduizinho, onde o prédio está localizado, é a mais populosa da Capital. “Esse conselho vem de encontro às necessidades de atendimento às nossas crianças. Hoje é um dia importante na construção dessa proteção”.

O presidente da Acetems (Associação dos Conselheiros Tutelares de Mato Grosso do Sul), Adriano Vargas ficou animado com o local e afirmou que a região onde o novo conselho vai funcionar, Anhanduizinho, é onde há mais casos contra crianças e adolescentes.

“Nós últimos quatro anos mais de 60 mil atendimentos foram realizados pelos Conselhos Tutelares em Campo Grande, mas infelizmente, não conseguimos chegar em todas as situações. Desses 60 mil, só no Anhanduizinho, foram 30 mil atendimentos”, disse.

Segundo ele, o “caso Sophia” - menina de 2 anos que passou por diversos atendimentos de saúde e por conselho tutelar, mas acabou morrendo por maus tratos em janeiro do ano passado – trouxe “luz” à atuação dos conselhos. “O caso da Sofia sem dúvida é um caso que traz luz para a questão da violência contra crianças e adolescentes e a precariedade da rede”, comentou.

Vargas disse ainda que após a pandemia de covid-19, “aumentou o quantitativo de denúncias e infelizmente, a morte das crianças vítimas de violência trouxe à tona essa questão e a gente começou a externar qual a realidade daqueles que trabalham na ponta, dos conselhos tutelares”, citando que havia cinco conselhos quando o ideal seriam 10.

“A gente tinha uma delegacia que não funciona 24 horas e só funciona em horário comercial, quando a maior parte das violências contra crianças e adolescentes acontecem dentro de casa à noite e no final de semana, quando a família está próxima. A gente começou a apontar procedimentos que às vezes demoram na mão do Judiciário, do Ministério Público. É importante ter mais conselhos, mas tem que funcionar o sistema todo”, citou.

O defensor público Pedro Paulo Gasparini disse que apenas em 2023, a Defensoria Pública atendeu sei mil casos de maus tratos ou abusos contra crianças e adolescentes e “infelizmente houve aumento no número da violência, mas ao mesmo tempo, a estrutura municipal esta conseguindo atender”, comentou.

Outros dois conselhos nas regiões do Prosa e do Imbirussu serão inaugurados em abril e maio, respectivamente. O 6º conselho inaugurado hoje funciona em prédio onde havia o Cecapro (Centro de Capacitação Profissional).

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