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Capital

Para mãe não entrar na cozinha, famílias esperam 1h30 em filas de restaurantes

Tem estabelecimento que preparou cadeiras até em estacionamento para famílias aguardarem atendimento

Por Dayene Paz, Geniffer Valeriano e Clara Farias | 12/05/2024 13:21
Fila formada para entrar em restaurante da Capital. (Foto: Juliano Almeida)
Fila formada para entrar em restaurante da Capital. (Foto: Juliano Almeida)

Domingo geralmente é o dia em que as mamães estão na cozinha fazendo aquele almoço especial para a família. Mas, hoje, elas se "livraram" do fogão e os donos dos restaurantes de Campo Grande é que fizeram a festa. Lotados, tem estabelecimento que até preparou cadeiras no estacionamento para que os clientes esperem, literalmente, sentados.

É o caso do restaurante Sabor em Ilhas, do Bairro Amambaí, onde muitas famílias esperam por aproximadamente 1h30. São três ambientes de fila, sendo dois na recepção e um no estacionamento, onde foram colocadas 50 cadeiras. Os clientes estão sendo servidos com água e salgadinhos "na faixa". Hoje, não há reservas e o estabelecimento trabalha apenas com lista de espera.

Sônia Maksoud, de 58 anos, não tem filhos, mas levou a mãe, Maria Maksoud, de 78 anos, e a tia, Maria Lúcia de Barros, para comer fora. "Sempre estamos juntas e comemoramos juntas. Dessa vez não deu para vir todo mundo, mas depois que almoçarmos vamos para casa do meu irmão para continuarmos comemorando", disse Sônia. Ela conta que a mãe, Maria Maksoud, tem quatro filhos e seis netos, já Lúcia, dois filhos.

Maria Maksoud, à esquerda, a tia ao meio, e Sônia, à direita.. (Foto: Juliano Almeida)
Maria Maksoud, à esquerda, a tia ao meio, e Sônia, à direita.. (Foto: Juliano Almeida)

Já Jussara Mota, de 59 anos, ganhou o almoço de presente dos três filhos, de 33, 35 e 39 anos. Ela foi comemorar o dia especial com eles, mais os quatro netos, uma nora, de 29 anos, e uma amiga. "Aqui estamos em três gerações junto da nossa amiga. Hoje, além do Dia das Mães, estou comemorando meu aniversário", disse Jussara.

A amiga dela, Graça Salgado, de 72 anos, estava acompanhada do filho. "Nós sempre estamos juntas. Sempre comemoramos com churrasco e mandioca, mas hoje decidimos vir aqui. Apesar da data, não imaginávamos que demoraria tanto, mas vamos matando o tempo conversando", disse.

Jussara conversou com a reportagem enquanto aguardava atendimento em fila. (Foto: Juliano Almeida)
Jussara conversou com a reportagem enquanto aguardava atendimento em fila. (Foto: Juliano Almeida)

Natalia Mota, de 35 anos, é filha de Jussara e mãe de quatro filhos. "Está sendo uma comemoração especial, mas nós nos reunimos direto", comentou.

Quem se surpreendeu ao ver o restaurante lotado foi a professora Cleuza Corrêa, de 46 anos. Acompanhada da mãe, do esposo e do filho de 18 anos, esperavam na fila. "Estou aproveitando para matar a saudade da minha mãe que mora em Miranda e veio para Campo Grande para me fazer uma surpresa. Sempre comemoro o Dia das Mães com ela, mas normalmente, eu vou até lá. Esse ano recebi uma surpresa. A gente fica sorrindo atoa", diz Cleuza.

Cleuza e a mãe, na fila do restaurante Sabor em Ilhas. (Foto: Juliano Almeida)
Cleuza e a mãe, na fila do restaurante Sabor em Ilhas. (Foto: Juliano Almeida)

Na churrascaria Bezerro de Ouro, localizada no Bairro Chácara Cachoeira, a espera é de aproximadamente 40 minutos. O restaurante também separou mesas e cadeiras no estacionamento, para que os clientes aguardassem. É o caso da advogada Fátima Jussara Rodrigues, de 59 anos, que aguardava junto com os filhos, de 24 e 37 anos.

Mesas com clientes esperando na churrascaria Bezerro de Ouro. (Foto: Juliano Almeida)
Mesas com clientes esperando na churrascaria Bezerro de Ouro. (Foto: Juliano Almeida)

“Vim aproveitar a companhia dos filhos. Nós conhecemos o restaurante, sabemos que é gostoso, que tem uma área de frios muito boa e a churrascaria. Estamos esperando ja tem 25 minutos, mas aqui tem uma sombra muito boa e está ventando bastante. Um ambiente agradável”, disse. "Não tem comida igual a da minha mãe. Hoje, como é uma data especial, estou aqui mais pela companhia deles porque não gosto de comer carne", disse a filha de Fátima, a estudante Ana Carolina Rodrigues.

No Nativas, muita gente esperava em cadeiras, embaixo de uma tenda montada. O analista administrativo Everson Jorge, 29, aguardava com a mãe, Elpídia Godoy, 66 anos. “Aproveitei para trazer ela na data especial. Todo dia ela cozinha e hoje vamos passar em um lugar agradável. Essa é a primeira vez dela visitando esse restaurante, mas eu já vim outras vezes, sei que é gostoso e possui um ambiente agradável. Essa foi a forma que escolhi para homenagear ela nesse dia especial", comentou.

Elpídia e Everson aguardando atendimento em fila. (Foto: Juliano Almeida)
Elpídia e Everson aguardando atendimento em fila. (Foto: Juliano Almeida)

Everson conta que Elpídia foi mãe solo. "Meu pai foi embora logo depois que eu nasci, tenho também mais dois irmãos que estão trabalhando hoje e não conseguimos juntar a família. Tudo o que sou é graças a minha mãezinha que me criou, agora é minha vez de retribuir", disse. "Mesmo sabendo que aqui é muito gostoso, não existe comida no mundo que se compare com a da minha mãe. Ela faz a melhor feijoada que já existiu, sempre caprichou muito e lutou muito para nos criar", completou.

Elpídia estava feliz por passar um domingo diferente. "Geralmente sempre cozinho para ele [o filho]. Estamos tranquilos, aguardando há uns dez minutos e parece que já vai chamar. Tem umas dez pessoas na minha frente, mas tudo bem, a comida no domingo sai mais tarde mesmo", disse.

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