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Capital

Passeata leva para rua denúncia de sucateamento dos órgãos federais

Aline dos Santos e Paula Maciulevicius | 31/07/2012 10:55

Hoje, estava marcada uma reunião com o governo federal, mas o encontro foi adiado para 17 de agosto

Servidores federais fazem passeta no Centro de Campo Grande. (Foto: Minamar Jr)
Servidores federais fazem passeta no Centro de Campo Grande. (Foto: Minamar Jr)

Sucateamento das delegacias da PF (Polícia Federal), uma Funai (Fundação Nacional do Índio) afundando e falta de infraestrutura nas agências do IBGE. As denúncias, que retratam um cenário de penúria nos órgãos federais, foram levadas à rua durante protesto dos servidores em Campo Grande.

O grupo, estimado em 200 pessoas pela PM (Polícia Militar), fez passeata pela região central, passando pela avenida Barão do Rio Branco, 13 de Maio, Afonso Pena e 14 de Julho. A caminhada foi organizada pela polícia, transcorrendo sem incidentes.

O ato faz parte de uma mobilização nacional para pressionar a União a negociar com os servidores. Hoje, estava marcada uma reunião com o governo federal, mas o encontro foi adiado para 17 de agosto.

“Estamos há mais de dez anos sem aumento. Em vez de dar reajuste no salário, dão gratificação. Quando você aposenta, recebe 84% do salário, porque gratificação não é incorporada”, reclama Germana Maria de Oliveira, de 52 anos, servidora do Incra (Instituto Nacional de Reforma Agrária de Colonização).

Presidente do Conselho Fiscal do sindicato da Polícia Federal, José Bernardes denuncia o sucateamento de todas as delegacias. “Isso não é só em Mato Grosso do Sul, dificultando a luta contra a corrupção”. A PF decide entre os dias 2 e 6 de agosto se fará operação-padrão ou paralisação.

A passeata também reuniu servidores e alunos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Os técnicos e professores estão em greve desde 20 de junho, o que deve empurrar o fim do ano letivo para 2013. Além do pedido de reajuste, o grupo protestava contra a privatização do HU (Hospital Universitário) de Campo Grande.

Presidente do Sista (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais), Lucivaldo Alves dos Santos explica que o acordo com a União deve ser fechado até 31 de agosto. “Depois, fecha a Lei Orçamentária. Aí, só vai entrar na próxima”. Segundo ele, a pauta de reivindicação é extensa, com destaque para a reposição salarial de 24%.

Os participantes trajavam camisetas estampando a frase “Negocia Dilma”, além de nariz de palhaços, faixas e apitos. Ao ver a mobilização, o vendedor Rodrigo Gussi, de 30 anos, comenta que o protesto é um direito do trabalhador. “O servidor tem o direito, mas quem acaba prejudicado é a população”, afirma.

O protesto reuniu também servidores da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

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