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Capital

Pela primeira vez na história, Câmara deve apelar à condução coercitiva

Procedimento será empregado para ouvir intimados da CPI do Táxi

Osvaldo Júnior e Kleber Clajus | 11/12/2017 15:02
Sessão da CPI do Táxi, realizada na tarde desta segunda-feira (Foto: Kleber Clajus)
Sessão da CPI do Táxi, realizada na tarde desta segunda-feira (Foto: Kleber Clajus)

A Câmara Municipal de Campo Grande deve empregar procedimento inédito em sua história: a condução coercitiva, usada para levar, de forma impositiva, pessoas para prestar depoimento. Essa foi a saída encontrada pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investiga irregularidades no setor de taxi da Capital, para ouvir proprietários de alvarás, pertencentes às famílias Sandim e Oshiro.

Na tarde desta segunda-feira (dia 11), 24 pessoas deveriam prestar depoimentos na fase final da CPI. No entanto, apenas duas – Salvador Souza Sandim e Antônio João Barbosa Sandim – compararem à Câmara Municipal. Eles falaram por cerca de dez minutos e negaram conhecer supostos familiares, que também são donos de alvarás.

Também disseram que receberam a concessão do alvará através de concurso, realizado na década de 90. Desde então, Salvador e Antônio, segundo contaram, exercem a profissão de taxista.

Da família Sandim, deveriam comparecer à CPI, além de Salvador e Antônio, as seguintes pessoas: Jari de Souza Sandim, Jari de Souza Sandim Júnior, Amarildo Souza Sandim, Gilmar Souza Sandim, Fernando Souza Sandim, Renata Souza Sandim, Cleusa Rocha Sandim, Adão Rosa Sandim, Irma Rosa Sandim, João Messias Sandim, Shirley Ferreira Sandim, Jessika Thays Sandim, Letícia Teixeira Sandim, Gilberto Alves Sandim, Valdineir do Carmo Sandim e Adão Rosalino Sandim.

Os membros da família Oshiro que deveriam prestar depoimento são: Ana Oshiro Higa, Kelly Regina de Souza Oshiro, Henrique Oshiro, Rosemeire Ueti Oshiro, Eduardo Eizem Oshiro e Marcia Oshiro.

O número acentuado de pessoas com o mesmo sobrenome instigou a CPI e, por isso, elas foram convocadas, conforme presidente da Comissão, vereador Vinícius Siqueira (DEM). “Sandin, por exemplo, não é sobrenome tão comum como Oliveira. Então, queremos saber deles o porquê dessa aglomeração”, alegou.

Dos 24 convocados, cinco não foram intimados pessoalmente, de acordo com o presidente da CPI, vereador Vinícius Siqueira (DEM). Como a maioria não compareceu, poderão ser conduzidos coercitivamente para prestar depoimento em novsa sessão da Câmara, agendada para sexta-feira (15) às 14h.

A Câmara já realizou cinco CPIs e esta será a primeira vez que usará a condução coercetiva, caso empregue, de fato, esse procedimento. Siqueira também afirmou que os convocados que não comparecerem também podem responder por crime de desobediência caso o MPE (Ministério Público Estadual) ofereça denúncia nesse sentido.

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