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Capital

Polícia conclui inquérito de mulher morta a facadas por ex-marido na próxima 2ªfeira

Paula Maciulevicius | 30/03/2012 07:02

Quanto à prisão, o delegado explica que não existe mais a prisão preventiva, só se o suspeito preencher alguns requisitos ficará preso

No dia crime, ex foi tirar satisfação com Glaucia sobre o novo relacionamento dela, os dois começaram a brigar e ele a degolou. (Foto: Arquivo de Família)
No dia crime, ex foi tirar satisfação com Glaucia sobre o novo relacionamento dela, os dois começaram a brigar e ele a degolou. (Foto: Arquivo de Família)

Uma semana após o crime, é este o tempo que a Polícia vai levar para concluir o inquérito do caso da costureira Glaucia Aparecida Perreglinele Jara, de 44 anos, morta no último domingo (25), a facadas pelo ex-marido.

Segundo o delegado do 6º Distrito Policial, responsável pela investigação, Valmir Moura Fé, o ex-marido que confessou à Polícia o crime, Djalma Dias da Silva, de 34 anos, será indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por não permitir defesa da vítima.

Quanto à prisão, o delegado explica que a Polícia não tem elementos para prender Djalma.

“No Brasil não existe mais a prisão preventiva obrigatória para crimes em com pena acima de 10 anos, como existia na redação original do Código de Processo Penal. Agora, só se preencher alguns requisitos para ficar preso preventivamente”, diz.

A Polícia justifica que o suspeito tem endereço fixo, não está atrapalhando as investigações, apresentou-se espontaneamente à Polícia, não tem antecedentes criminais e nem ameaças testemunhas, ou está obstruindo provas.

De jaqueta, à esquerda, ex-marido confessa à Polícia que matou Glaucia por ciúmes. (Foto: Pedro Peralta)
De jaqueta, à esquerda, ex-marido confessa à Polícia que matou Glaucia por ciúmes. (Foto: Pedro Peralta)

Caso - Para os policiais, Djalma confessou, em depoimento na quarta-feira (28) que matou Glaucia por ciúmes. O advogado dele, que nega que o crime tenha sido premeditado, disse que o cliente teria matado a ex-mulher porque soube que ela estaria namorando outro e ficou desequilibrado.

De acordo com o relato do acusado, no dia do crime ele foi tirar satisfação com Glaucia sobre o novo relacionamento dela, os dois começaram a brigar e ele a degolou com uma faca de cozinha.

Conforme o delegado Valmir Moura Fé, no dia do crime, Djalma esperava Glaucia no quintal da casa dela, debaixo de um pé de acerola, que estava em um bar com amigos. Quando a costureira chegou de mototáxi, ela abriu a porta dos fundos e voltou a falar com o mototaxista, quando Djalma aproveitou para entrar na casa e se esconder debaixo da cama do quarto dela.

Ainda de acordo com o delegado, quando Glaucia foi trocar de roupa, o ex-marido saiu debaixo da cama e os dois começaram a brigar. No meio da discussão, Djalma deu uma gravata nela e com uma faca da cozinha deu dois golpes na garganta.

Moura Fé disse que o acusado deitou a vítima na cama, colocou o travesseiro na cabeça dela e a cobriu com o edredom. Glaucia foi encontrada morta pelo filho, Rogério Jara Vilharva, de 25 anos. Conforme o delegado, Djalma disse que amava muito a ex-mulher. Após cometer o crime, Djalma fugiu para Anastácio.

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