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Capital

Polícia desmente roubo de criança na Capital, após boatos nas redes sociais

Amanda Bogo | 14/07/2017 14:14
Polícia desmente roubo de criança na Capital, após boatos nas redes sociais
Crianças andando no centro de Campo Grande na tarde de hoje (Foto: André Bittar)

Vem se tornando cada vez mais comum o compartilhamento em redes sociais de denúncias de crianças que foram roubadas de seus pais em espaços públicos de Campo Grande. Essas informações são compartilhadas com frequência e muitas vezes sem ter sua veracidade checada, espalhando boatos que causam medo em parte da população. No entando, a polícia da Capital garante que não houve registro de nenhum caso no decorrer deste ano.

Um áudio em que uma mulher, que demonstra preocupação em seu tom de voz, relata o roubo de uma criança em um dos bairros da Capital começou a circular nos grupos de Whatsapp nesta quinta-feira (13).

“Gente, vocês que tem criança pequeno (sic), por favor não deixa na rua, porque acabaram de roubar uma criança ali no Sitiocas, perto do Rouxinóis, uma menininha pequenininho (sic). Então, vocês que tem criança pequena não deixa sair na rua, fecha dentro de casa. Obrigada”.

O delegado titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Paulo Sérgio Lauretto, afirmou que não recebeu nenhuma denúncia envolvendo roubo de crianças até o início da tarde de hoje, muito menos ao decorrer deste ano.

"O que temos são casos de crianças desaparecidas, que não tem acompanhamento dos pais e liberdade de locomoção e acabam se desviando para outro destino. Os pais procuram e acham, e a maioria não se enquadram em situações de roubo e sequestro”.

Conforme Lauretto, grande parte dos boatos são espalhados pelas redes sociais, e alguns crimes podem ter acontecido realmente, porém em outras cidades. “Hoje em dia as redes sociais servem para informação e desinformação. Uma pessoa pode fazer parte de um grupo em que tem várias pessoas de outra cidade, recebe a informação de um caso e repassa como se ele tivesse acontecido em sua cidade de origem”, explicou.

Para o delegado, o prejuízo em divulgar informações falsas sem checagem recai na própria sociedade, que acaba despertando sentimento de pânico. “Se de fato uma criança venha a ser subtraída de alguém em um ambiente público ou semelhante ao que essas notícias falsas apresentam, pode colocar em cheque a credibilidade de uma notícia verdadeira”, finalizou.

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