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Capital

Polícia investiga mandante de sequestro e roubo de caminhão guindaste

Mariana Lopes e Luciana Brazil | 20/03/2013 10:41
Integrantes da quadrilha foram presos ontem (Foto: Marcos Ermínio)
Integrantes da quadrilha foram presos ontem (Foto: Marcos Ermínio)
Caminhão guindaste roubado ontem (Foto: Marcos Ermínio)
Caminhão guindaste roubado ontem (Foto: Marcos Ermínio)

Depois de prender 6 integrantes da quadrilha que sequestrou o motorista Alcimar Benites, 28 anos, e roubou um caminhão guindaste na manhã de ontem, agora a Polícia Civil investiga o mandante do crime.

De acordo com o delegado adjunto da Defurv (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos), João Reis Belo, a polícia descobriu que ainda havia uma sétima pessoa envolvida após contato feito pelo telefone de Gabriel Machado Belga, de 18 anos, que mantinha a vítima em cativeiro.

Na delegacia, já com os 6 presos, o telefone de Gabriel não parava de tocar e o delegado o obrigou a atender. Do outro lado da linha, era o mandante do sequestro e do roubo, que passou as orientações ao comparsa.

“Ele disse que não estava conseguindo falar com os dois que tinham roubado o caminhão, e mandou o Gabriel amarrar bem a vítima e encontrar o Higor na praça do bairro José Abrão”, conta o delegado.

Na praça, a polícia prendeu Higor Gonçalves Echeverria, 27 anos. Também foram presos Brendon da Silva Martins, 20 anos, que dirigia o caminhão, e Yago Alisson Corrêa da Costa, 18 anos.

Com a prisão deles, a polícia chegou ao cativeiro onde a quadrilha mantinha a vítima amarrada, em um matagal próximo ao Detran, na saída para Rochedo. No local, foi preso o Gabriel e apreendidos dois adolescentes, um de 15 e outro de 17 anos.

A vítima ficou amarrada pelos pés e pelas mãos por cerca de 5 horas. Alcimar disse à polícia que não foi ameaçado e não sofreu agressão. Com os bandidos foram encontrados seis aparelhos celulares, que serão periciados.

Segundo o delegado, o caminhão foi avaliado em R$ 1 milhão e seria levado para o Paraguai, embora os integrantes da quadrilha tenham afirmado que o destino era Maracajú.

Para o delegado João Reis Belo, há dois fatores no crime que impressionam. O primeiro é a pouca idade dos envolvidos e também o roubo inusitado de um caminhão guindaste, que não é um veículo visado para levar para fora do país. Diante disso, o delegado aposta que o roubo foi encomendado.

Todos serão indiciados por formação de quadrilha, roubo qualificado por emprego de arma e concurso de pessoa, corrupção de menores, sequestro em cárcere privado e transporte de veículos para outros países ou estados.

Segundo o delegado, a maioria da quadrilha não tem antecedentes criminais. “O que não significa que os integrantes nunca tenham cometido nenhum delito”, pontua João Reis Belo.

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