Polícia planeja refazer passos de Alceu Bueno antes do desaparecimento
Se ficar provado que corpo encontrado hoje pela manhã é do empresário, delegado ouvirá familiares e funcionários para ter detalhes sobre o dia dele
O delegado Edilson dos Santos, responsável pela investigação sobre o desaparecimento de Alceu Bueno – corpo carbonizado de um homem, encontrado nesta quarta-feira (21), foi identificado como sendo dele –, afirma que a primeira providência é refazer os passos da vítima. Até ter exames médicos confirmando a identificação, a polícia trata os casos em duas investigações, ambas sob responsabilidade do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros).
A princípio, segundo o delegado, Bueno, que renunciou ao cargo de vereador em abril do ano passado após se envolver em escândalo de exploração sexual, passou o dia na empresa dele, o Depósito Bueno, na avenida Coronel Antonino, região norte de Campo Grande.
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Ele foi visto pela última vez, de acordo com parentes, por funcionários, ao sair da empresa por volta das 21h30. O empresário dirigia seu veículo, um Land Rover de cor prata, que ainda não foi encontrado. Depois disso, o celular do ex-vereador só deu sinal de desligado.
“A partir do momento que ficar comprovado que o corpo é do Alceu Bueno, vamos tratar o caso como homicídio realmente e aí investigação toma outro rumo”, explicou Edilson, durante coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira.
O delegado ressaltou que terá de ouvir novamente os familiares, que prestaram depoimento na Delegacia de Homicídios, no Cepol (Centro de Polícia Especializada) de Campo Grande, sobre o desaparecimento nesta manhã.
Desova – O titular do Garras esteve pela manhã no local onde o cadáver carbonizado foi encontrado, no bairro Jardim Veraneio, próximo ao Parque dos Poderes – também no norte da Capital. Ele acredita que o homicídio não aconteceu no local e o corpo do homem, que teria sido estrangulado até a morte, foi desovado e queimado no local. “Só a perícia pode confirmar tudo isso, mas pela nossa experiência, foi assim que aconteceu”.

Reconhecimento – A família de Alceu Bueno reconheceu como sendo do ex-vereador e empresário parte do corpo encontrado carbonizado na manhã desta quarta-feira (21), os restos de um celular e uma medalhinha que estava dentro de uma carteira. Mas, o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) ainda não confirmou, por meio de exames, que o cadáver é de Bueno.
Pela manhã, a informação sobre o reconhecimento já havia sido passada ao Campo Grande News por uma fonte da Polícia Civil, que afirmou não restarem dúvidas quanto à identificação. A família disse que aguarda o posicionamento oficial da corporação para se manifestar.