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Capital

Prefeitura vai vacinar 700 cães contra leishmaniose até quinta-feira

É a primeira vez que a vacinação será realizada gratuitamente em Campo Grande

Lucas Junot | 04/07/2017 15:09
A Capital ganhou doses da vacina de um laboratório (Foro: Divulgação/PMCG)
A Capital ganhou doses da vacina de um laboratório (Foro: Divulgação/PMCG)

O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) vai vacinar 700 cães contra leishmaniose até quinta-feira (6), no Bairro Maria Aparecida Pedrossian. Campo Grande foi selecionada, com outras duas capitais (Brasília e Fortaleza) para receber as vacinas doadas pelo laboratório Hertape/Ceva. É a primeira vez que a vacinação é realizada em larga escala na Capital.

A vacina contra a leishmaniose não é oferecida no serviço público, mas é vendida no comércio para imunizar cães sadios e em caso negativo da doença. Cada animal recebe três doses da vacina com intervalo de 21 dias em cada aplicação. Ao concluir a última dose, o tutor recebe a caderneta com todos os registros de vacina.

O Bairro Maria Aparecida Pedrossian foi escolhido pelos técnicos de CCZ por ter uma população canina muito próxima da quantidade de doses disponíveis e, recentemente, os animais da região foram testados para leishmaniose. Outro critério de escolha foi a alta incidência da doença diagnosticada em animais.

A equipe formada por 50 profissionais, entre técnicos, agentes comunitários e médicos veterinários está percorrendo as residências que já foram catalogadas e tiveram os cães examinados para a doença. Os animais negativados recebem as doses, conforme a autorização do tutor.

Tratamento - De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o tratamento da leishmaniose visceral canina não se configura como uma medida de saúde pública para controle da doença e, portanto, trata-se única e exclusivamente de uma escolha do proprietário do animal, de caráter individual. A orientação está na nota técnica nº 11/2016 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O CCZ presta o serviço de eutanásia em animais com sorologia confirmada para leishmaniose, mas o serviço não está sendo prestado. Em nota, o órgão esclarece que, para o procedimento de eutanásia é necessário aplicar um anestésico específico para não causar dor aos animais. “Sem este anestésico, eutanasiar um animal se torna maus-tratos. Na administração anterior não foi realizada nenhuma compra deste produto”.

Ainda de acordo com o CCZ, desde o início da atual gestão o processo está em andamento. “Em todo o Brasil, somente um laboratório é o fabricante e o distribuidor deste anestésico, e trata-se de medicamento controlado e de uso restrito. Entretanto, o próprio laboratório está enfrentando entraves burocráticos na matriz (Estado de São Paulo) em razão de certidões necessárias para a produção. Esta certidão é necessária em todos os processos públicos de compra, não sendo uma exigência exclusiva da nossa parte. Sem este documento, não podemos adquirir o anestésico”, diz a nota.

A Prefeitura informou ainda que o serviço de eutanásia está ocorrendo apenas em animais em situação crítica, devido ao baixo estoque do anestésico.

Leishmaniose – A leishmaniose é uma das doenças que mais afeta os cães no Brasil. Transmitida pela picada do mosquito palha (Phlebotominae), a enfermidade pode causar problemas dermatológicos (perda de pelos em focinho, orelhas e região dos olhos), crescimento anormal das unhas, emagrecimento progressivo, anorexia, e dependendo das complicações e da evolução do quadro, o animal pode morrer. Muitas vezes, o cão está doente e o proprietário não percebe.

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