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Capital

Presos na 4ª fase da Lama Asfáltica são transferidos para “cela dos famosos”

Aline dos Santos | 13/05/2017 09:10
Centro de Triagem fica no Complexo Penal, no Jardim Noroeste. (Foto: Alcides Neto)
Centro de Triagem fica no Complexo Penal, no Jardim Noroeste. (Foto: Alcides Neto)

Presos na 4ª fase da operação Lama Asfáltica, André Cance e Mirched Jafar Júnior foram transferidos da superintendência da PF (Polícia Federal) para a cela 17 do Centro de Triagem “Anízio Lima”, no Jardim Noroeste. Conhecida como a cela dos famosos, o local já recebeu presos como Edson Giroto (ex-secretário de Obras) e o procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla.

Cance foi secretário adjunto da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda) e Micherd Jafar é dono da Gráfica Alvorada. Ambos foram presos na última quinta-feira (dia 11) em Campo Grande. A cela 17 é um “seguro”, ou seja, não tem contato com as demais 16 celas do pavilhão oposto. A unidade especial recebe presos com ensino superior e ex-policiais, por exemplo.

Para pedir a prisão de André Cance, o MPF (Ministério Público Federal) argumentou que ele é “possivelmente uma das pessoas que mais enriqueceu com as práticas criminosas contra o erário sob investigação”.

A defesa de Cance vai entrar com pedido de habeas corpus no TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), com sede em São Paulo, na próxima semana. “Estamos analisando o inquérito, existe o que já existia há um ano, nada que justifique prisão”, afirma o advogado José Wanderley Bezerra neste sábado (dia 13)

Já uma das suspeitas levantada sobre Micherd é dilapidação de patrimônio “para evitar o ressarcimento ao erário e manter uma vida de luxo, com possibilidade de prosseguir nas atividades criminosas”. A gráfica seria utilizada para lavagem de dinheiro.

Ontem, Paulo Kalif, advogado de Mirched, disse que o Ministério Público alegou que os pedidos de prisão eram necessários para a garantia da ordem pública e que, para ele, este é um conceito muito vago.

A terceira ordem de prisão preventiva foi para Jodascil da Silva Lopes, que é ex-servidor SED (Secretaria de Estado de Educação). Ele está foragido, mas prometeu se entregar à polícia na segunda-feira (15).

A operação também resultou no uso de tornozeleira eletrônica para monitorar os passos do ex-governador André Puccinelli (PMDB), que deve pagar fiança de R$ 1 milhão até segunda.

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