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Capital

Protesto no Guanandi tem greve de fome e crianças brincando na rua

Ana Maria Assis e Ricardo Campos Junior | 11/01/2011 11:23
Moradores colocaram mesa na rua para bloquear trânsito. Presidente do bairro, no centro, diz estar em greve de fome. (Foto: João Garrigó)
Moradores colocaram mesa na rua para bloquear trânsito. Presidente do bairro, no centro, diz estar em greve de fome. (Foto: João Garrigó)

A interdição da avenida Norte-Sul, forma de protesto encontrada pelo moradores do bairro Guanandi para pedir obras que acabem com o problema das enchentes no local, já dura mais de 24 horas e atrai curiosos e crianças para o local. Próximo à avenida Manoel da Costa Lima, galhos de árvores impedem o trânsito e 10 crianças, oito mulheres e seis homens seguem a manifestação, hamando mais gente.

Enquanto crianças brincam e os adultos ficam reunidos debaixo de uma árvore, o presidente da Associação de Moradores do bairro, Clodoaldo Dias Guimarães, 30 anos, anunciou uma greve de fome, desde as 5h de hoje. Ele está no local e afirma que nem água está bebendo.

Os moradores que acompanham o protesto afirmam que vão permanecer no local enquanto o prefeito Nelson Trad Filho ou um representante não comparecer para ouvir suas reivindicações. Enquanto isso, uma viatura da PM (Polícia Militar) permanece no local.

A prefeitura divulgou nota a respeito ontem e informou que não enviará representantes ao local. Conforme a nota, obras para a região já estão contratadas.

Aposentado, Robson Carlos Miranda, 40 anos, afirmou que está na avenida especialmente para o protesto, mesmo não sendo morador do bairro. Ele reside na Vila Jacy. “Eu moro perto daqui, mas isso é uma vergonha. Ontem eu fiquei desde cedo. Tenho amigos na região”, afirmou.

As crianças, que estão de férias, chegam aos poucos. Elas soltam pipa, brincam e anda de bicicleta. Antonina Gonçalves Mendonça, 58 anos, babá que está de folga do serviço, também participa do manifesto e diz que as crianças “estão adorando”. “Eles podem brincar, andar de bicicleta, normalmente a Norte-Sul é um perigo, mas como está tudo fechado, não há carros na rua”.

Os moradores revezam a permanência no trecho. Os trabalhadores aproveitam os horários de folga. Antonina por exemplo, afirmou que a patroa está de férias e por isso ela está trabalhando apenas duas vezes por semana.

Mas há também quem “mata” dia de trabalho para protestar. Maria Cristina Oliveira da Silva, 33 anos, é empregada doméstica e conta que perdeu o dia de serviço pela manifestação. Ela e o marido faltaram o trabalho e estão no protesto. “Nós não vamos perder o emprego por isso, apenas o dia de trabalho, Mas compensa porque o prejuízo do alagamento é bem maior”.

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