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Capital

Secretário admite falta de 972 leitos hospitalares na Capital

Kleber Clajus e Leonardo Rocha | 28/01/2014 11:10
Ivandro assegura que, havendo necessidade, leitos privados são contratados para suprir demanda (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)
Ivandro assegura que, havendo necessidade, leitos privados são contratados para suprir demanda (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)

O secretário Municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, admite que Campo Grande possui déficit de 972 leitos na rede pública, o que resulta na superlotação de postos de saúde e UPA’s (Unidades de Pronto Atendimento), além da necessidade de se contratar vagas na rede privada para não permitir que “a população fique desassistida”.

“Nós temos um déficit, em Campo Grande, de 972 leitos hospitalares de baixa e média complexidade. Implantamos o plano de regionalização da saúde com objetivo, justamente, de desafogar os hospitais e concentrar os atendimentos de alta complexidade nas unidades de pronto atendimento”, explica Ivandro, que faz questão de citar que acompanha o fluxo de atendimentos pelo celular, através do aplicativo WhatsApp.

Questionado sobre pacientes que aguardam transferência para hospitais nos leitos das UPA’s, o secretário ressalta que a Sesau possui equipe móvel para monitorar 24 horas a ocupação de vagas nas unidades, bem como outra de auditoria que verifica “in loco” se realmente procede à ausência de leitos na rede pública.

As transferências, realizadas via Central de Regulação, estariam destinadas a “excepcionalidades” que, em alguns casos, requerem a contratação de leitos em hospitais particulares após três negativas de vaga.

“Todos que chegarem às nossas unidades de urgência e emergência vão ser atendidos. Na excepcionalidade de vagas nos leitos hospitalares, que tem convênio com o poder público, efetuamos a compra na rede privada do leito para não deixar o paciente desassistido”, ressalta.

De acordo com Ivandro, a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados) realiza estudo quanto ao número de leitos particulares contratados e o balanço será divulgado pelo prefeito, Alcides Bernal (PP). Em sua maioria, a compra ocorre para pacientes das áreas de saúde mental e neurologia, além de outras que apresentem necessidade.

O secretário também aponta que dos cerca de 1,5 milhão de atendimentos realizados pela rede municipal de saúde no ano passado, 95% dos casos foram ambulatoriais e 5% de urgências e emergências. Nesse sentido, ressalta a necessidade da população se prevenir mais, ao se cadastrar nas UBSF’s (Unidades Básicas de Saúde da Família) para evitar o avanço de doenças que poderiam ser tratadas.

“Importante é que a população procure as nossas unidades básicas de saúde, porque quando classifica como uma urgência é porque está com o estado da doença avançado, comprovando não buscou os cuidados básicos em relação à prevenção da saúde”, pontua.

Ele também lembra que 10 UBS’s (Unidades Básicas de Saúde) já atendem em horário estendido até às 21h, no sentido de dar “vazão para desafogar a superlotação nas unidades de urgência e emergência”, também decorrente do encaminhamento de pacientes do interior do Estado.

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