Seis são presos em pousada onde funcionava 'bazar do crime' no Centro

Seis pessoas foram presas em flagrante pela Polícia Militar, na noite de segunda-feira (5), enquanto compravam e vendiam produtos furtados e roubados de receptadores que montaram uma espécie de 'bazar do crime' em uma pousada na Avenida Calógeras, região central de Campo Grande.
Entre os detidos está a mulher do acusado de ser o mentor do comércio ilegal, que não foi encontrado no local e é considerado foragido da polícia.
Segundo a PM, o caso foi descoberto, quando um dos detidos foi abordado na região em posse de celular, aparelho portátil de DVD e boné original de uma conhecida marca de material esportiva.
Questionado pelos PMs sobre a ausência de nota fiscal, ele entregou que tinha comprado o kit pela pechincha de R$ 15 na pousada onde morava. Nas lojas, a mesma quantidade de produtos não sai por menos de R$ 400.
Com o endereço em mãos, chegaram ao quarto 104 da pousada, conhecida no local como ‘lojinha.’ Lá dentro, malas com roupas e sacos plásticos com eletrodomésticos e perfumes, tudo novo e de marcas conhecidas do público.
Também foi localizada uma pistola de brinquedo, usada para ‘abastecer’ o comércio. Ela pertencia ao dono do esquema, conhecido como ‘Japinha’, procurado pelas polícias por crimes de furtos, arrombamentos e assaltos em lojas do comércio de toda Campo Grande.
‘Japinha’ não estava, mas sua sócia e mulher, Rosinei Ferreira Nantes, 38 anos, não teve a mesma sorte. Acabou presa em flagrante no momento que faturava na revenda das peças e objetos aos vizinhos, por preços bem abaixo dos que os cobrados oficialmente. Os 'clientes' também foram detidos.
O sexteto foi encaminhado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da região central, onde foram indiciados por receptação. Todos confessaram que sabiam que estavam mexendo com produtos furtados ou roubados.
As investigações continuarão, até para localizar ‘Japinha.’ Segundo a Polícia Civil, o bazar do crime era famoso e atraía não apenas moradores da região, mas também gente de fora. Para entrar, era necessário falar uma senha e ser indicado por um freguês mais antigo, um esquema profissional.