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Saúde e Bem-Estar

Brasil vai produzir vacina contra vírus respiratório e remédio para esclerose

Acordos com Pfizer e Sandoz permitirão produção no Butantan e distribuição pelo SUS

Por Kamila Alcântara | 10/09/2025 15:59
Brasil vai produzir vacina contra vírus respiratório e remédio para esclerose
Criança usa aparelho de inalação para tratamento de doença respiratória (Foto: Tony Winston)

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (10) um acordo de transferência de tecnologia entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer para a produção nacional da vacina contra o VSR (vírus sincicial respiratório), responsável por boa parte dos casos graves de infecção em bebês. A expectativa é entregar 1,8 milhão de doses até o fim do ano, com distribuição pelo SUS a partir da segunda quinzena de novembro.

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O Ministério da Saúde firmou acordo com a Pfizer para produção nacional da vacina contra o VSR (vírus sincicial respiratório) pelo Instituto Butantan. A previsão é entregar 1,8 milhão de doses até o fim do ano, com distribuição pelo SUS em novembro, destinadas a gestantes a partir da 28ª semana de gravidez.Em outra frente, o Brasil também produzirá o natalizumabe, medicamento para esclerose múltipla, através de parceria entre o Instituto Butantan e a Sandoz. A iniciativa visa reduzir a dependência externa e fortalecer o acesso a tratamentos de alto custo no sistema público de saúde.

De acordo com as informações da Agência Brasil, a imunização será aplicada em gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, em dose única. O objetivo é garantir que os anticorpos sejam transferidos para o bebê ainda no útero, protegendo nos primeiros meses de vida, quando o risco de hospitalização é mais alto.

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, o VSR responde por 80% dos casos de bronquiolite e 60% das pneumonias em crianças menores de 2 anos. No Brasil, cerca de 20 mil bebês com menos de um ano são internados anualmente por complicações do vírus. A pasta calcula que a vacina poderá evitar até 28 mil internações por ano.

O Brasil também passará a produzir o natalizumabe, usado no tratamento da esclerose múltipla do tipo remitente-recorrente, que atinge a maioria dos pacientes e não responde bem a outros medicamentos. O remédio já é oferecido no SUS desde 2020, mas apenas um fabricante tem registro no país.

A produção será possível por meio de uma parceria de desenvolvimento produtivo com a farmacêutica Sandoz, que fará a transferência de tecnologia para o Instituto Butantan. Para o Ministério da Saúde, a iniciativa reduz a dependência de fornecedores externos e fortalece a capacidade do SUS de garantir acesso a tratamentos de alto custo.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central, principalmente em adultos jovens de 18 a 55 anos, provocando a destruição da bainha de mielina, estrutura responsável pela condução dos impulsos nervosos que controlam funções do organismo.

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