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Capital

Sem direito a velório, corpo de pastor é sepultado com pedidos de respostas

"O que resta é a tristeza, dor e mágoa”, resumiu uma tia

Clayton Neves e Dayene Paz | 27/08/2021 13:59
 Sem direito a velório, corpo de pastor é sepultado com pedidos de respostas
Cerca de 100 pessoas participaram do enterro do jovem. (Foto: Kísie Ainoã)

O avançado estado de decomposição em que estava o corpo do pastor Júnior Lopes, tirou da família o direito de velar o rapaz, encontrado morto na manhã desta quinta-feira (26), aos 28 anos. O jovem foi enterrado na tarde desta sexta-feira (27), em caixão lacrado, sob o choro de uma família desolada que procura por respostas.

 Sem direito a velório, corpo de pastor é sepultado com pedidos de respostas
Cortejo saiu da região do Centro e seguiu até o Cemitério do Santo Amaro. (Foto: Kísie Ainoã)

“A família está arrasada. A gente não sabe o que aconteceu e, aparentemente, não havia motivo para o que aconteceu. Ele era da igreja, sempre fazia ações sociais, inclusive, o dia em que sumiu, foi resolver sobre uma ação que estava promovendo na igreja”, afirma Aparecida Souza, de 66 anos, tia de Júnior.

Aparecida era uma das 80 pessoas que aguardavam pela liberação do corpo na Pax Real, na Avenida Bandeirantes. De lá, o grupo saiu em cerca de 50 veículos em direção ao Cemitério Santo Amaro. Ao chegar, o clima de comoção se intensificou e alguns familiares chegaram a passar mal. “O que resta é a tristeza, dor e mágoa”, resumiu a tia.

Abalada, a mãe de Júnior, Venina dos Santos, disse que não entende o motivo do filho ter tido uma morte tão trágica. “Ele era alegre, divertido e companheiro. Ele era muito querido e a prova disso foi que todos se empenharam para ajudar a procurar quando ele sumiu”, comentou.

O caso - O pastor era procurado desde a noite de segunda-feira (23). Por volta das 19 horas, saiu de casa para ir até a igreja, onde iria se encontrar com outros fiéis em um grupo de orações, mas nem chegou ao local.

A última notícia que a família teve, foi de que o pastor havia sido visto justamente nos arredores do Bairro Aero Rancho, onde foi localizado morto.

O corpo estava boiando no Rio Anhanduí, no cruzamento da Avenida Ernesto Geisel com a Rachel de Queiroz, no Aero Rancho, por pessoas que passavam pela região. A família foi avisada logo em seguida, chegou antes da polícia e reconheceu Júnior. Amigos também foram para o local e acompanharam o Corpo de Bombeiros entrarem nas águas para resgatar o cadáver.

No corpo, foi possível ver lesões nas costas e no pescoço, mas ainda não há informações se os ferimentos causaram a morte ou aconteceram depois disso. No momento em que desapareceu, Valdenei estava usando uma camiseta do São Paulo, calça preta de tecido e chinelo de dedo azul, mas ele foi encontrado apenas de cueca.

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