ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Sem encontrar corpo, mãe de Kauan volta chorando para casa mais um dia

Aline dos Santos e Rafael Ribeiro | 25/07/2017 12:41
Janete vive à espera de que corpo do filho de 9 anos seja encontrado. (Foto: André Bittar)
Janete vive à espera de que corpo do filho de 9 anos seja encontrado. (Foto: André Bittar)

Na dura rotina de esperar que do rio Anhanduí saia o corpo do filho de nove anos, Janete dos Santos Andrade, 35 anos, viveu momento de sobressalto na manhã desta terça-feira (dia 25). Ao saber da presença dos bombeiros e imprensa às margens do curso de água, saiu correndo de casa na expectativa de que a busca por Kauan Andrade Soares dos Santos, morto durante violência sexual, tivesse chegado ao fim.

“Tem que achar esse corpo, vai ser encontrado, preciso enterrar meu filho. E fazer esse animal, esse monstro pagar por tudo que ele fez”, afirma a mãe, que, ao saber da busca infrutífera, voltou exaurida e chorando para casa, no bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

O menino está desaparecido há exato um mês. No último sábado (dia 22) o titular da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Paulo Sérgio Lauretto, afirmou que um adolescente de 14 anos denuncia que o menino foi morto durante estupro na casa de um homem de 38 anos, no bairro Coophavila. Kauan teria morrido por asfixia ainda no dia 25 de junho, data do desaparecimento, e o corpo atirado no rio, já na madrugada do dia 26.

O suspeito é o professor Deivid Almeida Lopes, que nega a denúncia. Ele foi preso preventivamente por estupro de vulnerável e exploração sexual. Na casa, a aplicação de luminol revelou marcas de sangue no quarto, onde o adolescente indicou que aconteceu o crime.

Sentimento - As buscas no rio Anhanduí chegaram hoje ao quinto dia. O trabalho do Corpo de Bombeiros começou às 11h na rua Barnabé Honório da Silva e vai até ao anoitecer ou à localização do corpo da criança.

De acordo com tenente Ivan Teixeira, que comanda a operação, são verificadas as encostas do rio, galhos e, quando há profundidade, mergulhadores fazem buscas. Foram percorridos 12 km às margens do Anhanduí, que é tributário do rio Pardo. Na equipe de seis bombeiros, a prioridade é que a mãe possa enterrar o filho.

Nos siga no Google Notícias