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Capital

Sindicato diz que suplentes já estão no lugar de líderes do PCC em MS

Evelyn Souza | 27/05/2013 14:32

Os números apresentados pela Operação Blecaute não empolgaram quem trabalha no presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. O presidente  da Fenaspen (Federação Nacional Sindical dos Servidores Penitenciários), Fernando Anunciação, garante que outros já assumiram o comando do PCC, facção criminosa alvo da ação de sexta-feira, desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Com 38 presos tranferidos para o Presídio Federal e para a unidade de Dourados, na última sexta-feira (24), o grupo especial do MPE anunciou ter acabado com a organização dentro da Máxima. Não é o que o sindicato acha. “Medida paliativa, não resolve. Novas lideranças já assumiram os postos, eles são tão organizados que já deixam um suplente. Quando um líder cai, já tem outro para assumir”, afirma Anunciação.

Segundo o presidente do Sindicato, não adianta transferir os detentos, porque depois de dois anos, eles voltam para a Máxima e enquanto isso, os crimes continuam sendo articulados, por outros presos. “O que falta é investimento e segurança nos presídios estaduais. Até em um supermercado, quando você entra, tem câmeras de segurança filmando tudo o que você faz lá dentro. Eles trabalham com tecnologia. Agora nosso presídio não tem nada disso, é uma bagunça”, explica ele que diz ainda, que são os presos quem mandam nos presídio da Capital.

Questionado pelo Campo Grande News, em relação ao que poderia ser feito para melhorar a falta de segurança nas penitenciárias, ele usa como referência, o Presídio Federal e reclama da falta de agentes penitenciários.

Segundo Anunciação, são 12 servidores para atender ao presídio de Segurança Máxima, que hoje tem 2 mil presos, apesar da capacidade para 600 apenas. Ainda de acordo com ele, o Presídio Federal tem 180 presos e 30 agentes penitenciários.

Transferência: Os presos transferidos na última sexta-feira são acusados de fazer ataques contra agentes penitenciários e policiais militares. Do total, 28 foram para a unidade federal em Campo Grande e outros dez presos foram transferidos para o presídio Harry Amorim Costa, em Dourados.

A operação “Blecaute”,foi deflagrada pelo GAECO, Polícia Militar e a AGEPEN (Agência Penitenciária Estadual), em Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Nova Andradina e Corumbá. 

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