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Capital

Suspeito de matar bebê nega crime e diz que mãe batia e jogava criança no chão

Nyelder Rodrigues e Helton Verão | 18/01/2013 21:16
Francisco diz que não foi ele quem cometeu o crime, e afirma que mãe agredia constantemente a criança (Foto: Helton Verão)
Francisco diz que não foi ele quem cometeu o crime, e afirma que mãe agredia constantemente a criança (Foto: Helton Verão)

A reportagem do Campo Grande News conversou com Francisco Gomes de Carvalho Filho, de 56 anos, que está preso sob a suspeita de ter matado a menina Kemely Romeiro Rocha, de 1 ano e 2 meses

Francisco negou que tenha agredido o bebê, e mantém a versão dita à polícia, de que a mãe, Marlene Romeiro Rocha, 37 anos, é quem batia na filha, sendo a autora do crime.

Ele afirma que as agressões eram rotineiras, e que por várias vezes brigou com a mulher para que ela não tratasse Kemely daquele jeito. “Ela batia muito na criança. Jogava na cama, no chão”, argumenta.

“Quando cheguei a criança já estava assim”, conta o padrasto, que também se defendeu dizendo não ser usuário de drogas, como afirma a família de Marlene.

Francisco afirma que estava morando com Marlene há cinco meses, e gostava muito da criança.

Caso - A criança foi encontrada desmaiada por um tio e uma tia em sua casa, no bairro Nova Lima, e levada para o posto de saúde do bairro Nova Bahia por volta das 20h20.

Durante atendimento, ela sofreu uma parada cardíaca e foi reanimada pela equipe médica. O caso era tão grave que o atendimento no posto foi suspenso por 45 minutos para o socorro da vítima.

Ela ainda chegou a ser levada para a Santa Casa, mas não resistiu. Kemely teve traumatismo craniano e está com vários hematomas. Não há evidência física de abuso sexual, mas ainda assim o exame é feito para confirmar ou não a suspeita.

Marlene foi presa pela manhã, enquanto Francisco teve a prisão preventiva decretada durante a tarde. Marlene já tem passagens por roubo, tráfico e receptação, e o pai de Kemely está preso por roubo.

De acordo com a delegada Regina Márcia Rodrigues de Brito Moura, Francisco sustenta a versão que a criança morreu após ser espancada pela mãe. Entretanto, conforme as apurações, Marlene saiu de casa no bairro Nova Lima por volta das 15h de quinta (17), e a criança ficou com ele.

O corpo da criança ainda está no Imol (Instituto Médico Odontológico Legal), e a família aguarda a liberação. Não haverá velório, e o enterro acontecerá neste sábado (19), em horário ainda a ser definido, no Cemitério do Cruzeiro.

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