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Capital

Tentativa de fuga causa tumulto e pânico entre familiares de presos

Flávia Lima e Luana Rodrigues | 08/05/2015 12:05
Elecir Valéria Nunes busca informações do filho, Renato Nunes, ferido durante confusão no presídio. (Foto:Marcos Ermínio)
Elecir Valéria Nunes busca informações do filho, Renato Nunes, ferido durante confusão no presídio. (Foto:Marcos Ermínio)

A confusão ocorrida na manhã desta sexta-feira (9) no Presídio de Segurança Máxima da Capital começou após um dos presos que estava no banho de sol, tentou fugir pulando uma grade que fica entre o muro da penitenciária e uma área de acesso proibido. Ao observar a tentativa de fuga, os policiais militares que fazem a segurança no local começaram a atirar e acabaram ferindo quatro presos.

A informação é do presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, André Luiz Santiago. Ele explica que no momento que os policiais começaram a atirar, o detento voltou para o pátio do presídio, porém ele ainda não foi identificado. Santiago acredita que ele não foi ferido.

Conforme a notícia sobre a tentativa de fuga era divulgada, familiares dos presos chegavam a todo instante na porta do presídio em busca de notícias, que eram fornecidas de forma desencontrada, causando mais nervosismo e pânico entre os parentes. Uma mulher grávida, que não quis se identificar, foi em busca de notícias do marido, mas não conseguiu qualquer tipo de informação. Entre os familiares também estava Elecir Valéria Nunes, mãe de Renato Nunes, ferido durante o tiroteio.

Nervosa, ela gritava que o filho já havia sido levado para a Santa Casa e teria sido atingido no abdôme por dois tiros.

Somente depois da situação ter sido controlado é que a polícia divulgou os nomes dos feridos. De acordo com a lista fornecida, os presos baleados foram Valdiney Santos de Souza, 29, que estava na cela 105 e encontra-se internado na Santa Casa em estado grave; Renato Nunes Gonçalves, 25, também da cela 105, Wesley Henrique dos Santos, 27, detento da cela 11 e Itamar dos Santos Pinto, 24, que ocupa a cela 116. Os presos feridos tiveram os primeiros socorros no posto de saúde da própria penitenciária e em seguida foram levados pelo Corpo de Bombeiros para a Santa Casa, onde permanecem internados, porém, apenas Valdiney está em estado grave.

Santiago afirma que as câmeras do circuito interno de segurança ainda estão sendo avaliadas, mas não há muito material porque a ocorrência durou aproximadamente 1 minuto. "Vamos verificar se a ação da PM foi correta", diz. Cada preso foi atingido por um tiro, mas ainda não se sabe onde cada um foi atingido. Os ferimentos foram observados no pulso, cabeça, abdôme e perna.

André Santiago, do sindicato dos Agentes afirma que imagens de câmeras estão sendo analisadas. (Foto:Marcos Ermínio)
André Santiago, do sindicato dos Agentes afirma que imagens de câmeras estão sendo analisadas. (Foto:Marcos Ermínio)
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