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Capital

Tribunal do Júri volta com caso de mulher morta durante programa e vítima do PCC

Tem ainda julgamento de homem assassinado pelo cunhado, jovem morto em tabacaria e rapaz executado na rua

Por Bruna Marques | 06/02/2024 11:21
Silvana foi morta no dia 17 de agosto de 2021 (Foto: Reprodução/redes sociais)
Silvana foi morta no dia 17 de agosto de 2021 (Foto: Reprodução/redes sociais)

Cinco julgamentos serão realizados pela 1ª Vara do Júri de Campo Grande em fevereiro. Casos que tiveram repercussão na Capital, entre eles o da Silvana Domingos dos Santos, 31 anos, assassinada a golpes de barra de ferro, após discutir valor cobrado em um programa sexual com o réu Raphael da Silva Fonseca Dolores, em agosto de 2021.

Raphael sentará no banco dos réus no dia 22 de fevereiro, a partir das 8h. A sessão será presidida pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida. Segundo a polícia, Raphael matou simplesmente porque a vítima se recusou a devolver metade do dinheiro depois de ficar menos tempo do que o combinado entre eles.

Silvana foi encontrada no dia 17 de agosto, em uma casa do Jardim Los Angeles. Ela estava em cima da cama, apenas de calcinha e com ferimentos na cabeça. Inicialmente, a polícia suspeitou que ela havia sido morta com três tiros na parte posterior do crânio.

Mais tarde, a perícia constatou que as lesões eram resultado de pancadas consecutivas, feitas com pedaço de madeira ou ferro.

Na quarta-feira (8), os réus Márcio Fernandes Feliciano e Wesley Torres da Silva serão julgados por terem participado da morte do jovem Maykel Martins Pacheco, 19 anos. O rapaz foi morto no “tribunal do crime” do PCC (Primeiro Comando da Capital) em dezembro de 2019, mas seu corpo até hoje não foi encontrado.

Maikel Martins Pacheco, em foto utilizada nas redes sociais (Foto: Reprodução)
Maikel Martins Pacheco, em foto utilizada nas redes sociais (Foto: Reprodução)

Maikel foi vítima de uma sessão de tortura, a mando da facção criminosa atuante dentro e fora dos presídios, de acordo com a denúncia. Wesley revelou detalhes de como o crime aconteceu. Em depoimento, relatou que era simpatizante da facção, vendia drogas na região da Vila Nhanhá e na antiga rodoviária e fazia alguns serviços para integrantes do PCC.

Maikel passou a noite no local, em “julgamento”, e na manhã do dia seguinte foi levado para o local em que foi executado, uma estrada vicinal da Estação Guavirá. Na versão de Wesley, ele ficou vigiando a região enquanto os outros entravam em uma mata com a vítima. De longe ouviu tiros. Afirmou ainda que todos fugiram logo em seguida, por conta da aproximação de um carro.

No dia 27, a dupla José Ribamar Gonçalves Carvalho da Hora e Lucas Pablo da Silva Lemos serão julgados por envolvimento na morte de Rikelmy Lorran Figueiredo Toguiciole, 22 anos, executado no dia 21 de maio de 2022, no cruzamento da Rua Gerbera com Avenida Arquiteto Vilanova Artigas, no Aero Rancho, depois de ir a uma festa.

Imagens da câmera de segurança registrou a vítima tentando fugir dos atiradores. Já ferido, Rikelmy cruza um campo de futebol correndo e olhando para trás, tenta se proteger atrás de uma caminhonete, caminha mais um pouco e, na sequência, cambaleando, cai. Logo em seguida, os dois suspeitos pelo crime, que aparecem numa motocicleta Honda Biz de cor cinza, fogem.

Conforme apurado pela polícia, Rikelmy morava no Bairro Aero Rancho e para evitar más companhias, se mudou para Santa Catarina, onde trabalhava em uma distribuidora de gás. "Ficou dois anos sem retornar a Campo Grande e quando chegou aqui, foi convidado para uma festa", explicou o delegado Rodolfo Daltro, responsável pela investigação.

Foi o início de tudo. "Nessa festa, próprio da idade dele, fizeram um grupo e tiraram uma selfie. Entre essas pessoas, estava uma menina que teve relacionamento com um homem de alta periculosidade, que está preso hoje", contou o delegado.

Rikelmy postou essa foto no Facebook e da cadeia, o ex viu a postagem. "Ele [presidiário] ligou para esse rapaz e falou que se não tirasse a postagem iria ser morto. O rapaz tirou a postagem, mas mesmo assim, ele decretou a morte."

O último júri do mês será o réu Wagner Contreira Lucas, 31 anos. Ele é acusado de matar o cunhado Darley de Lima Ramos, em janeiro de 2018, na esquina das ruas do Panda e Cisne, no Conjunto Habitacional Estrela Dalva, em Campo Grande.

Consta na denúncia do Ministério Público que no dia 31 de dezembro de 2017, a vítima e sua esposa foram comemorar a passagem de ano na casa de Wagner, na Rua Cegonha, mesmo bairro onde o crime ocorreu.

Durante a comemoração, todos beberam e em determinado momento, Darley e Wagner começaram a discutir e trocar xingamentos. Os dois foram até a cozinha da residência, momento em que o réu pegou uma faca e tentou atingir Darley.

Sem conseguir ferir o cunhado, Wagner e seu irmão Elcio Contreira Lucas passaram a perseguir Darley, sem conseguir alcançá-lo, o réu ameaçou matar a esposa da vítima e a filha dele.

Diante da ameaça, Darley voltou até a casa do cunhado para buscar sua família. Neste momento, ele foi segurado por Elcio enquanto Wagner o atingia com golpes de faca.

Nesta terça-feira (6), está sendo julgado Henrique da Silva Bernado, acusado de assassinar a tiros Erick Vinicius Leite Messias, 18 anos, na madrugada do dia 23 de agosto de 2019, em uma tabacaria no bairro Moreninha II, em Campo Grande.

Henrique da Silva Bernado durante julgamento na manhã desta terça-feira (6) (Foto: Henrique Kawaminami)
Henrique da Silva Bernado durante julgamento na manhã desta terça-feira (6) (Foto: Henrique Kawaminami)

Conforme informações da Polícia Civil, Henrique foi preso no mesmo dia do crime. No depoimento prestado na 4ª Delegacia de Polícia Civil, o rapaz contou que discutiu com um amigo de Erick pouco antes de encontrá-lo na tabacaria. No local, ele queria assustar o homem quando houve os disparos.

Os depoimentos das testemunhas desmentem a versão apresentada por Henrique. Segundo relatado à polícia, após realizar dois disparos, o autor se aproximou da vítima e tentou efetuar mais três tiros, porém a arma falhou.

Henrique foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil. O revólver calibre 38 utilizado no crime foi apreendido. O caso segue investigado pela 4ª Delegacia de Polícia Civil.

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