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Capital

Um ano após crime, massagista vai a júri por matar e esquartejar chargista

Clarice de Azevedo, de 45 anos, está presa desde o dia 24 de novembro de 2020, quando confessou assassinato

Anahi Zurutuza | 29/10/2021 17:38
Marco Borges era chargista e cliente de Clarice, que trabalhava como massagista. (Fotos: Reprodução das redes sociais de ambos)
Marco Borges era chargista e cliente de Clarice, que trabalhava como massagista. (Fotos: Reprodução das redes sociais de ambos)

A massagista Clarice Silvestre de Azevedo, de 45 anos, ré por matar e esquartejar o chargista Marco Antônio Borges, será julgada por homicídio qualificado por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e destruição de cadáver. O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, tomou a decisão de levar a acusada a júri popular nesta sexta-feira (29).

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), responsável pela acusação, queria que mais um agravante para o assassinato (meio cruel) fosse analisado pelos jurados, mas o magistrado afastou a possibilidade, por entender que não há no processo “elementos de que a acusada quis, inutilmente, aumentar e prolongar o sofrimento do ofendido”. “Não foi produzida prova nesse sentido”, completou.

Além de Clarice, o filho dela, João Victor Silvestre de Azevedo, de 22 anos, também será julgado por ajudar a mãe a esquartejar o cadáver de Marco, transportar as partes do corpo em malas e atear fogo aos restos mortais do chargista.

A massagista está presa desde dia 24 de novembro de 2020, quando confessou ter matado Marco Antônio, com quem tinha um relacionamento, no dia 21 daquele mês, em casa no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande.

No depoimento à DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) de Campo Grande, Clarice disse que cometeu o assassinato após as agressões, desencadeadas por uma briga entre o casal. O chargista era cliente da massagista e conforme apurado na investigação, ela o pressionava para que Marco Antônio a assumisse como namorada.

“Ao que tudo indica, a acusada teria empurrado o ofendido da escada e, enquanto ele ainda estava recuperando-se da queda, apossou-se de uma faca e, sem que Marcos tivesse qualquer chance de se defender, passou a efetuar golpes de faca contra ele, matando-o”, anotou o juiz na decisão.

A defesa de Clarice, patrocinada pela Defensoria Pública, pediu que ela fosse submetida a exame de insanidade mental. O teste atestou, porém, que a ré é capaz de responder pelos seus atos.

A psicóloga Ignês Stephanini, que examinou a acusada, atestou que ela passa por “quadro depressivo moderado”, recomendou tratamento ambulatorial, com acompanhamento psicológico e psiquiátrico, mas entendeu que “(...) não existe nexo causal entre a maneira como o crime foi cometido com o transtorno depressivo”.

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