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Capital

Vizinhos armavam ‘flagrante’ contra suspeito de pedofilia, que está sumido

Rafael Ribeiro | 05/06/2017 11:45
Vizinhos armavam ‘flagrante’ contra suspeito de pedofilia, que está sumido
Crianças brincam (ao fundo) em condomínio onde morador teve casa invadida após acusado (Foto: Mirian Machado)

Moradores do condomínio residencial no Jardim Canguru (região sul de Campo Grande), onde um locutor e marceneiro de 49 anos foi agredido e teve a casa invadida após ser acusado de pedófilo, neste fim de semana, planejavam há mais de uma semana armar um 'flagrante' contra ele para confirmar as denúncias que recebiam das denúncias.

A informação é de vizinhos do homem, que não quiseram se identificar. Segundo eles, a suspeita virou acusação no fim de maio, quando uma mãe teria reconhecido uma foto de sua filha no aparelho celular do locutor – o paradeiro do suspeito é desconhecido desde domingo (4).

“Foi a primeira confusão que ocorreu com ele antes dessa deste fim de semana. O pessoal já queria tirar satisfação, mas combinamos de pegá-lo no flagra, para não ter desculpa, após ele apagar a imagem”, disse uma moradora.

Segundo ela, tornou-se rotineira a prática dele distribuir balas e tirar fotos. A desconfiança se intensificou quando as crianças começaram a relatar que ele supostamente mostrava suas partes íntimas e jogava objetos ao chão para as obrigarem a se abaixar.


A Polícia Civil vai apurar as denúncias dos moradores, assim como a invasão da casa do locutor e a depredação do imóvel.Segundo investigadores ouvidos pela reportagem, mães e crianças serão ouvidas para apurar a veracidade do que foi passado até agora. O caso deverá ser encaminhado nesta semana à Depca (Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente).


Por enquanto, a polícia confirma apenas que foram apreendidos materiais pornográficos na casa do acusado, que serão periciados. Não foram encontrados materiais de pornografia infantil no celular do locutor.

O caso – Cerca de 200 pessoas agrediram e invadiram a casa do locutor na tarde deste domingo, após pais se revoltarem com o fato dele estar distribuindo balas às crianças do condomínio e estar fotografando a área do playground.

Segundo o acusado, ele tem dois filhos e sempre fez questão de agradar crianças, distribuindo balas que chupa por conta de um problema de boca seca. Em sua defesa, alegou que no condomínio “moram crianças pobres, que talvez nunca tiveram a oportunidade de experimentar doces na vida.”


A justificativa é apontado como “desculpa” pelos moradores. Muitos dizem que nunca viram ele com os filhos no local.


O locutor está em lugar desconhecido desde o ocorrido. À sua casa, não voltou e corre o risco de sofrer novas agressões se aparecer no local, garantem moradores. Após a invasão, as fechaduras foram trocadas e as trancas reforçadas.


“Ele mora aqui desde que foi inaugurado, há cerca de um mês, nunca aparentou ser esse tipo de gente. Sempre foi muito educado, tanto com crianças como adultos. Mas eu vi a foto da menina no celular, não tem como ele negar”, disse outra moradora.


O Campo Grande News tentou entrar em contato com o locutor na manhã desta segunda-feira para repercutir as declarações dos moradores, mas seu celular permaneceu desligado durante todo o período.

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