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Cidades

Caso Motel: MPE recorre a STJ e STF contra absolvições

Redação | 27/10/2010 21:27

O MPE (Ministério Público Estadual) entrou hoje com recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a sentença que absolveu os quatro acusados de matar o estudante Murilo Boarim Alcalde e a garota de programa Eliane Ortiz, em junho de 2005.

Ao recorrer da decisão, o MPE pede aos tribunais superiores que os réus sejam submetidos a julgamento popular do Tribunal do Júri. Para a promotoria, existem indícios suficientes de autoria e provas do duplo homicídio qualificado.

O TJ (Tribunal de Justiça) havia absolvido os quatro acusados. Os desembargadores entenderam que não há provas contra os quatro acusados: Irio Vilmar Rodrigues, Ronaldo Vilas Boas Ferreira e os policiais militares Adriano de Araujo Mello e Getúlio Morelli.

Murilo Boarim e Eliane Ortiz tinham 21 anos e foram encontrados mortos em um quarto de motel. A investigação é uma das mais rumorosas já feitas no Estado.

As investigações foram concentradas no Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado). Na peça de acusação, foram acusados pelo crime os policiais militares Getúlio Morelli e Adriano Araújo Melo, o traficante do Mato Grosso Irio Vilmar Rodrigues e Ronaldo Vilas Boa Ferreira, que inicialmente era apontado como matador de aluguel, mas na fase de alegações finais do MPE foi considerado inocente, mas depois permaneceu como réu.

Pela versão para o crime apresentada pelo MPE, os assassiantos tiveram relação com o tráfico de drogas. Murilo teria sido confundido com um informante da polícia e Eliane Ortiz teria sido morta por tentar sair do crime e ameaçar denunciar traficantes para quem teria trabalhar.

Ao manter a sentença que inocentou os acusados, os desembargadores afirmaram que essa versão se revelou fantasiosa e, em vez de esclarecer o crime, dificultou ainda mais o trabalho policial.

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