ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 29º

Cidades

Cinco pessoas prestam depoimento no caso Neide Mota

Redação | 07/12/2009 17:20

Cinco pessoas prestaram depoimento na investigação que apura a morte da ex-médica Neide Mota Machado, acusada de manter uma clínica de aborto em funcionamento no Centro de Campo Grande durante 20 anos.

O casal que encontrou Neide Mota com vida, antes da morte ocorrida dia 29 de novembro, em uma chácara no Jardim Veraneio, foi ouvido no 3º DP (Distrito Policial), responsável pelo caso.

A empregada da casa da ex-médica é outra testemuha, assim como o proprietário da chácara onde Neide foi buscar leite de cabra e a dona de um bar onde havia ido na véspera da morte.

As primeiras testemunhas apontam que a ex-médica falou frases sem contexto antes de morrer. Já as outras três pessoas que prestaram depoimento dizem que ela não aparentava enfrentar problemas que pudessem levá-la a cometer suicídio.

A Polícia requisitou exame toxicológico, que poderá apontar se alguma substância química causou a morte.

O telefone celular da ex-médica também será submetido à perícia, para tentar identificar pessoas que tenham falado com Neide Mota.

Outro exame aguardado é o grafotécnico, que irá comparar se o papel encontrado no carro da ex-médica foi escrito por ela. Para a análise, um caderno com a grafia de Neide foi apreendido.

A previsão é que em até 30 dias os resultados sejam entregues à Polícia Civil, que também aguarda o laudo necroscópico. O caso é investigado como morte a esclarecer.

Dentro do carro onde ela morreu, estavam duas seringas de 10 ml cada, além de dois frascos com lidocaína, um deles aberto.

O produto é usado como anestésico local para procedimentos simples como os odontológicos.

Existe a suspeita de que a ex-médica tenha trocado a substância dos frascos e substitído a lidocaína por outro medicamento que possa ter provocado a parada cardíaca.

No carro em que a ex-médica foi encontrada morta havia um papel com frases que falavam de morte.

Familiares afirmam que ela costumava copiar frases que ela gostava.

O caso Neide Mota foi descoberto em 10 de abril de 2007, quando uma reportagem de TV denunciou que a clínica dela era usada para a prática de aborto.

Uma lista com quase 10 mil nomes de mulheres foi encontrada no local quando a Polícia iniciou as investigações contra ela.

Depois do escândalo, Neide Mota foi impedida de exercer a medicina.

Nos siga no Google Notícias