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Cidades

Com 4 membros, quadrilha ia cobrar até R$ 60 mil por vaga em Medicina

Edivaldo Bitencourt e Graziela Rezende | 12/11/2013 10:55
Delegacia apresentou, nesta terça-feira, material apreendido com estudantes durante prova na Uniderp (Foto: Graziela Rezende
Delegacia apresentou, nesta terça-feira, material apreendido com estudantes durante prova na Uniderp (Foto: Graziela Rezende

A quadrilha, que tentou fraudar as provas do vestibular 2014 da Uniderp Anhanguera, pretendia cobrar até R$ 60 mil por uma vaga no curso de Medicina. A Dedfaz (Delegacia Especializada em Defraudações) investiga três homens e uma mulher, que comandam o grupo criminoso.

Conforme a delegada Ariane Murad Cury, titular da Dedfaz, uma acadêmica de medicina da Uniderp/Anhanguera pode estar envolvida no esquema. Ela foi reconhecida por professores e colegas de turma fazendo as provas, mas deixou a sala antes das prisões. A universitária alegou que estava passando mal e não se submeteu ao exame para detectar se utilizava ponto eletrônico.

No domingo, duas horas após o início das provas, 22 pessoas e um adolescente foram detidos e encaminhados par a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro. A suspeita é de que mais pessoas participaram do esquema, já que um ponto eletrônico foi encontrado no lixo do banheiro.

A quadrilha aliciou os estudantes em São Paulo, Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O único preso até hoje é Joaquim Pereira Gonçalves Neto, 31 anos, que está no Centro de Triagem porque não tem condições de pagar a fiança de R$ 2 mil. Ele é de Ourilândia do Norte (PA).

Conforme Ariane, dos 22 detidos, 13 ficaram em silêncio e nove decidiram falar com a polícia. Eles revelaram que foram abordados por homens e mulheres nas saídas de vestibulares e após participar de concursos públicos. Pelo ponto eletrônico, eles pagaram de R$ 300 a R$ 500.

Eles contaram que pagariam, se fossem aprovados, de R$ 1,5 mil a R$ 5 mil. Um participante contou que assinou contrato para pagar R$ 60 mil caso fosse aprovado no vestibular para Medicina da Uniderp Anhanguera.

A delegada não revelou de que estado são os integrantes da quadrilha. No entanto, ela contou que já foram identificados dois taxistas que estavam entregando os pontos eletrônicos na Estação Rodoviária de Campo Grande. O grupo também usava dois veículos para receber o grupo.

Delegada Ariane Cury concede entrevista para falar do avanço nas investigações (Foto: Graziela Rezende)
Delegada Ariane Cury concede entrevista para falar do avanço nas investigações (Foto: Graziela Rezende)
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