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Cidades

Deaij vai processar CDDH por calúnia em denúncia de abuso sexual

Jorge Almoas | 22/12/2010 16:45
(Foto: Arquivo / João Garrigó)
(Foto: Arquivo / João Garrigó)

A Deaij (Delegacia de Atendimento à Infância e Juventude) abriu inquérito contra o presidente do CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos), Paulo Ângelo de Souza, por suposta calúnia nas denúncias de abuso sexual de internos na Unei Dom Bosco, em Campo Grande. Paulo Ângelo pode ser condenado por denunciação caluniosa.

Na nota encaminhada à imprensa, assinada pela delegada titular da Deaij Maria de Lourdes Cano, a investigação policial foi concluída em 10 de setembro de 2010, na qual foram interrogadas 73 pessoas – entre internos, psicólogos, mães dos adolescentes e diretores da Unei (Unidade Educacional de Internação) – e nenhuma das denúncias feitas pelo CDDH mostraram-se verdadeiras.

“Ficou claro que tudo não passou de mera ficção por parte do denunciante [Paulo Ângelo]”, diz a nota.

O texto reforça que o presidente do CDDH agiu de má fé, com intenção de se promover pessoalmente em nível internacional.

Na continuação, a delegada afirma, na nota, que se as denúncias fossem verdadeiras, a OAB/MS, o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, a Defensoria Pública do MS, o Ministério Público Estadual e o Poder Judiciário teriam sido omissos em relação ao problema.

Perseguição – O Campo Grande News conversou por telefone com Paulo Ângelo de Souza. O presidente do CDDH reforça que está sendo perseguido. “Vou ser processado por falar a verdade? Essa denúncia partiu das mães dos adolescentes e até dos próprios internos. Tenho todo documentado”, garante Paulo.

Ele conta que a denúncia se refere a Três Lagoas, não a Capital. Segundo Paulo, a psicóloga da Unei Tia Aurora, em Três Lagoas, confirmou o caso de um adolescente de 12 anos que sofreu abuso sexual por outro interno de 15 anos. O Ministério Público Estadual abriu inquérito para investigar este caso e as demais denúncias apresentadas pelo CDDH, que abrangem outras Uneis em Mato Grosso do Sul.

Paulo esteve ontem na Deaij, em Campo Grande, mas disse que não prestou qualquer esclarecimento.

“Só vou me manifestar em juízo. Ela [Maria de Lourdes] não disse que eu menti? Então vai ter que provar”, ratificou.

A pena para denunciação caluniosa vai de dois a oito anos de prisão.

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