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Cidades

Dono da boate comprou dois litros de gasolina para atear fogo em garota

Graziela Rezende | 04/10/2013 09:08
Beto, de verde, durante a reconstituição do assassinato (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)
Beto, de verde, durante a reconstituição do assassinato (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)

No trajeto para desovar o corpo de Viviane Rodrigues Matos, a garota de programa de 31 anos, morta, degolada e queimada no dia 6 de setembro, no Chácara dos Poderes, em Campo Grande, o dono da boate Paraíso, no Jardim Colúmbia, Fernando Augusto dos Reis Guimarães, 24 anos, e o amigo José Carlos da Silva, o Beto, 26 anos, pararam em um posto de combustíveis e compraram dois litros de gasolina para atear fogo na vítima.

Segundo o delegado Fábio Sampaio, responsável pelas investigações, as imagens que flagram o momento já estão em poder da Polícia. “É este o detalhe que estamos aguardando para finalizar o inquérito policial, já que as imagens estão em um HD apreendido no Posto Arara Azul e serão analisadas pela Polícia”, explica o delegado.

Já no local para deixar o corpo, os autores atearam fogo na vítima e acreditaram que jamais seriam descobertos. Eles cometeram a barbárie por volta das 4h30, sendo que uma hora depois já estavam em casa. Porém, às 6h30 a Polícia chegou ao local e apenas parte do corpo estava carbonizado, da cintura para cima.

“Estes e outros detalhes foram esclarecidos com a reconstituição. Outra dúvida que possuíamos, como o motivo de tanto sangue no local, foi esclarecido com o depoimento do Fernando, que apontou exatamente o local onde deu a facada, sendo na jugular”, explica o delegado Sampaio.

Além disso, até o dia 10 de outubro, o delegado diz que pretende confirmar ou não a participação de outras prostitutas no crime, já que presenciaram a agressão na boate e omitiram este detalhe à Polícia. “Elas podem responder por falso testemunho. Nada vai trazer a Viviane de volta, mas elucidamos o caso e todos os responsáveis serão penalizados pelo crime”, finaliza Sampaio

Impune – Fernando estava certo de que o assassinato da garota de programa ficaria impune. Tão convicto de que não seria descoberto, ele passou a colaborar com os policiais. Permitiu acesso irrestrito à boate, atendia todas as ligações e ainda prestou quatro depoimentos na 3ª DP.

Quando o delegado apresentou as evidências, Fernando afirmou: “Pensava que vocês não iam esclarecer nunca este crime, por isso não falei a verdade”. Ele acabou confessando o crime e a causa do assassinato. “Foi um crime brutal”, espantou-se o delegado. A bolsa de Viviane e a faca usada no crime também foram encontrados no percurso.

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