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Empregos

Sonho de ser empresário dá certo e é atrativo até para funcionário público

Viviane Oliveira | 30/04/2015 15:41
Camila deixou a carreira pública para ser Personal Chef. (Foto: reprodução/Facebook)
Camila deixou a carreira pública para ser Personal Chef. (Foto: reprodução/Facebook)

Em busca de bons salários e principalmente estabilidade, muitos sonham com a carreira pública. Mas há quem faça o caminho inverso. Depois de 10 anos trabalhando no governo do Estado, a turismóloga Camila Brito pediu exoneração do cargo para empreender e há 3 anos atua como Personal Chef.

Claro que a troca de função não foi tão fácil assim. Camila conta que antes de tomar a decisão pensou nos riscos e teve receio, mas optou por algo que acreditava. Ela planejou, fez projeções de curto, médio e longo prazo e compartilhou com a família a vontade de ter o próprio empreendimento.

Hoje, a Personal Chef organiza jantares residenciais, eventos e aceita encomendas, tudo de forma personalizada, de acordo com as necessidades e as expectativas do cliente. Camila trabalha com prestadores autônomos, conforme a demanda ou complexidade do serviço contratado. Resultado: o negócio dela deu tão certo, que o próximo passo vai ser montar uma cozinha industrial. “Eu trabalho mais, principalmente aos finais de semana e feriados, mas em compensação tenho muita satisfação no que faço”, comemora.

Gilson realizou o sonho de ter o próprio negócio. (Foto: Alcides Neto)
Gilson realizou o sonho de ter o próprio negócio. (Foto: Alcides Neto)

A franquia de cookies trouxe mais trabalho também para o administrador Gilson Afrânio Nantes Pereira, mas a flexibilidade de horário é a motivação para manter um negócio que tem altos e baixos. Durante 8 anos como consultor no Sebrae, o empresário dava conselhos para quem pretendia empreender até que resolveu montar o seu próprio negócio.

Com muita informação e teoria na ponta da língua, o administrador começou a pensar no produto que venderia, pois tinha que ter um diferencial. Então, ele foi à São Paulo, conversou com o dono da franquia e começou fazer o planejamento. “Eu gostei do doce, mas precisava ter a certeza que agradaria a outras pessoas também”, conta.

Testes - A confirmação de que faria um bom negócio veio quando Gilson encomendou alguns produtos e distribuiu na festa de aniversário do filho. “No outro dia estava todo mundo me ligando, querendo saber onde eu havia comprado aquele doce tão bom”, lembra, ao destacar que antes de abrir um negócio é preciso testar se há um público interessado.

Gilson montou a loja em dezembro de 2012 com 100% do dinheiro emprestado do banco e ainda manteve durante um ano e meio o emprego no Sebrae. “Planejamento, pesquisa de mercado e um bom plano de negócio são fundamentais, mas não significa sucesso garantido. A gente só vai saber se deu certo depois da empresa aberta”, destaca.

Hoje, com três funcionárias o administrador diz que todo empresário passa por diversas situações e trabalha muito, mas em contrapartida tem a chance de ter uma boa lucratividade. “Eu tinha um sonho e fui em busca dele”.

Também correu atrás da realização pessoal a publicitaria Raquel Tuller, que deixou o emprego de 7 anos para montar a empresa de Marketing de Relacionamento e Mídias Sociais junto com a amiga Vanessa Franchim. Professora de comunicação há 14 anos, Raquel conta que começou a pensar em abrir o negócio, quando foi trabalhar em uma agência.

A ideia foi colocada em prática depois de conversar com Vanessa, que estava há 10 anos em uma empresa de comunicação. “A gente começou do zero, sem nenhum tostão para investir. O que tínhamos era cada uma um carro para ir até o cliente e a vontade de trabalhar”, conta Raquel.

O empenho das duas deu certo, os clientes foram aumentando e elas tiveram que deixar a casa de Vanessa, onde o negócio começou, e alugar uma sala para atender a demanda. “No início é complicado, porque tudo que precisa é tirado do nosso bolso, mas a mobilidade de horário e autonomia que nós temos vale muito a pena”, detalha.

Vanessa e Raquel começaram do zero e hoje comemoram o sucesso da empresa de Marketing de Relacionamento e Mídias Sociais. (Foto: Alcides Neto)
Vanessa e Raquel começaram do zero e hoje comemoram o sucesso da empresa de Marketing de Relacionamento e Mídias Sociais. (Foto: Alcides Neto)

Planejamento - Gostar do que faz, verificar as oportunidades de mercado e a viabilidade do empreendimento são os primeiros passos para iniciar um negócio, de acordo com o analista Técnico de Atendimento do Sebrae, Joacir Pitaluga. O consultor explica que antes as pessoas empreendiam por necessidade e hoje por oportunidade. Mais cautelosos, os futuros empreendedores estão planejando mais, o que diminuí o risco do negócio não dar certo.

Dependendo do que a pessoa vai montar, é preciso ter um capital de giro para manter a empresa no início até que comece a dar lucro, porém tem gente que consegue empreender sem dinheiro. “Tudo deve ser pensado, como por exemplo, se não vender o que foi esperado para o mês como o empresário vai fazer para pagar água, luz, aluguel e funcionário”, diz. Separar o que é dinheiro da empresa e pessoal também faz a diferença no final do mês.

Outra coisa que deve ser analisada, o produto que vai ser comercializado condiz com o local onde o comércio será aberto, quem é o publico alvo, o preço do concorrente, acessibilidade, fluxo de pessoas e o que se está oferecendo de novo para o cliente. Pode até ser o mesmo produto, mas uma empresa nova precisa ter um diferencial.

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