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Interior

Além de responder por homofobia, pai pode ser proibido de voltar a ver filho

Graziela Rezende | 12/08/2013 14:58
Jovem ficou com ferimentos pelo corpo (Foto: Arquivo)
Jovem ficou com ferimentos pelo corpo (Foto: Arquivo)

Além de ser indiciado por homofobia e tortura, o pecuarista que agrediu o filho de 16 anos, na madrugada do dia 29 de julho deste ano, em Três Lagoas, a 338 quilômetros da Capital, pode ser proibido pela Justiça de se reaproximar da vítima. O pedido da medida protetiva, segundo a polícia, foi feito pela mãe da vítima e aguarda o julgamento.

“Estamos aguardando a resposta do pedido, que poderá fazer com que o pai não tenha mais contato com a vítima e também os laudos dos exames de corpo e delito, que constatam as agressões no menino”, afirma o delegado Paulo Henrique Rosseto, responsável pelas investigações.

No decorrer do inquérito policial, o delegado diz que questionou o pecuarista sobre o motivo das agressões, porém ele “se reservou ao silêncio, ressaltando que somente irá falar em juízo”.

Já a mãe prestou depoimento e falou sobre a agressividade do pai, principalmente por conta da orientação sexual do menino, inclusive com socos, humilhações e ofensas pessoais, sempre dizendo que gay tem que apanhar mesmo. Em outras situações, a mãe já teria registrado ocorrência e com isso possui uma medida protetiva contra o acusado.

Violência - Conforme a Polícia Civil, ao descobrir que o filho é homossexual, o pai o agrediu e tentou tranca-lo em um quarto sem energia elétrica. Logo depois, os irmãos e a mãe do adolescente o levaram para a casa da avó.

No entanto, o pai foi atrás e o agrediu novamente, batendo a cabeça dele e falando que ele “estava com o demônio no corpo”. Durante o caminho até o hospital, o pecuarista ainda tentou jogar o filho do carro se ele não voltasse a "ser homem".

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