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Interior

Assassino de major sabia o que estava fazendo, define perito

Bruno Rocha é réu pela morte de militar da reserva, ocorrida no dia 14 de abril

Marta Ferreira | 25/06/2019 19:20
Bruno Rocha afirmou durante perícia que estava "transpassado". (Foto: Arquivo)
Bruno Rocha afirmou durante perícia que estava "transpassado". (Foto: Arquivo)

Parado desde maio, em razão da alegação de insanidade mental do réu, o processo contra o pintor Bruno da Rocha, 38, assassino confesso do major da reserva Paulo Setterval, 57 anos, agora vai voltar a caminhar. O perito responsável pelo laudo psiquiátrico, Rodrigo Abdo, identificou em Bruno capacidade plena de entender o “caráter ilícito do fato”.

O laudo atesta que Bruno estava com a autodeterminação diminuída, “mas não abolida”, no dia do crime, 14 de abril. O pintor foi diagnosticado com síndrome de dependência em grau moderado, de álcool e drogas. No dia do assassinato, ele disse estar “traspassado” e afirmou ter bebido álcool e tomado o antidepressivo clonazepam.

Paulo Setterval estava com a família em Bonito quando foi morto a facada, na calçada de uma rua central, depois de se negar a dar um cigarro para o réu. A juíza responsável pelo caso, Adriana Lampert, homologou o resultado da perícia e intimou as partes. Se não houver recurso que mude a decisão, a ação volta a correr no Tribunal do Júri.

Acusação - Bruno, que está preso, é réu por homicídio qualificado, por motivo torpe e uso de meio que dificultou a defesa da vítima, segundo a denúncia do promotor João Meneghini Girelli, acatada no dia 3 de maio. Ação ficou parada à espera da decisão sobre o incidente de sanidade mental levantado pela defesa, que tentava tornar Bruno inimputável.

Conforme o inquérito policial, base para a denúncia, por volta das 21h50, a vítima– que estava na cidade a passeio com familiares, estava em frente ao hotel CLH Suítes fumando um cigarro. Bruno, que seguia em uma bicicleta, encontrou Paulo e lhe pediu um cigarro, não sendo atendido. Em seguida, ele retornou “de maneira sorrateira e insidiosa” e abordou a vítima pelas costas.
Quando o major se virou para ver do que se tratava, Bruno atingiu a vítima com uma facada no tórax. O golpe foi fatal.

Bruno, preso após o crime, teve a prisão preventiva decretada em 17 de abril.

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