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Interior

Em audiência, Justiça mantém prisão de pintor que matou major a facadas

Bruno está preso na cela da delegacia do município e será transferido para uma penitenciária

Viviane Oliveira | 18/04/2019 08:32
Bruno foi preso na madrugada de terça-feira em uma casa abandonada da cidade  (Foto: reprodução - vídeo /Polícia Civil)
Bruno foi preso na madrugada de terça-feira em uma casa abandonada da cidade (Foto: reprodução - vídeo /Polícia Civil)

Em audiência de custódia realizada na tarde de ontem (17), a juíza Adriana Lamper converteu em preventiva a prisão em flagrante do pintor Bruno da Rocha, 31 anos, acusado de matar com um golpe de faca o major da reserva do Exército e professor de Matemática, Paulo Setterval, 58 anos, na noite do último domingo (14), na calçada do Hotel CLH Suítes, em Bonito, distante 257 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a juíza, a prisão foi mantida para garantir a credibilidade da Justiça, pois o meio social está assolado pela sensação de impunidade e descredito com a Justiça. “Primeiramente, prevalece a necessidade de efetiva garantia da ordem pública, a fim de impedir que o indiciado, caso esteja solto, continue a delinquir”.

Para o advogado João Ricardo Batista de Oliveira, que faz a defesa de Bruno, os elementos presentes até o momento nos autos não são suficientes para comprovar objetivamente a imputar a autoria dos fatos a Bruno. “A defesa pugna pela concessão de liberdade provisória haja vista ser o custodiado possuidor de residência fixa e certa, bem como, por exercer trabalho licito”, segundo o documento anexado nos autos.

Ainda conforme a defesa, segundo relatos dos familiares, Bruno apresenta indícios de mitigação de capacidade de autodeterminação e discernimento. Quando a situação, segundo o advogado, o caso requer a instauração de incidente de insanidade mental a fim de se saber os limites de culpabilidade de Bruno.

Segundo o promotor de Justiça, João Menghini Girelli, a prisão preventiva se faz necessária pois existe a necessidade de proteção a ordem pública exatamente para evitar a reiteração criminosa, pois Bruno se mostrou capaz de praticar o mais grave dos crimes pelo mais banal dos motivos. 

Caso - O crime aconteceu na noite do último domingo (14), enquanto a vítima caminhava na calçada do Hotel CLH Suítes, onde estava hospeda com a família. O caso aconteceu na Rua da Costa Leite, no Centro de Bonito. Paulo foi encontrado morto na calçada. Em depoimento, Bruno disse à polícia que matou o major ao ser chamado de trombadinha. Ele está preso na cela da delegacia da cidade e deve ser transferido para uma penitenciária. 

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