Com carga de frango sem nota, dois são presos por agressão a militar do Exército
Carga de frango sem documentação que estava na carroceria dos carros que um dos suspeitos dirigia foi entregue à Receita Federal
Militar do Exército foi agredido durante abordagem na estrada do Jacadigo, área rural de Corumbá, distante 419 quilômetros de Campo Grande. A dupla foi presa por desobediência, desacato e lesão corporal. Carga de frango sem documentação que estava na carroceria dos carros que um dos suspeitos dirigia foi entregue à Receita Federal.
Segundo o site Diário Corumbaense, a equipe fiscalizava o trecho quando avistou dois veículos, uma Saveiro e um Strada, parados na estrada, próximo a um bar e oficina mecânica. O comandante perguntou para as pessoas que estavam em bar, quem eram os condutores das picapes, mas ninguém deu qualquer informação.
Ao informar que os veículos seriam rebocados e levados para o pátio do Detran (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), dois homens, de 33 e 21 anos, se identificaram como os donos dos carros. A documentação deles e dos veículos estava regular, mas nas carrocerias foram localizados pelo menos 1.300 quilos de frango, distribuídos em 65 caixas.
Indagados, os dois disseram que não tinham a nota fiscal do produto e foram informados que teriam que seguir, com a patrulha, ao Posto Esdras, para regularizar a situação na Receita Federal. A dupla se recusou e quando o comandante disse que seriam levados mesmo assim, o rapaz mais novo deu uma cotovelada no rosto do militar, causando corte.
Fronteira fechada - O Exército, a Polícia Federal e Força Nacional de Segurança, são responsáveis pela fiscalização na fronteira de Corumbá com a Bolívia, que está fechada desde março como medida de combate ao coronavírus. Do lado boliviano, o acesso está proibido e somente é permitida, dos dois lados, a passagem de caminhões de cargas. A Receita Federal e a Polícia Militar, também mantêm equipes no Esdras.
Para tentar driblar a fiscalização, estradas vicinais, conhecidas como “cabriteiras” são usadas para levar mercadorias para o lado boliviano, passagem de pessoas, de contrabando e de veículos furtados ou roubados. Neste período de pandemia, as forças de segurança já abriram valas por duas vezes nas trilhas clandestinas, mas, elas continuam sendo “rota alternativa”.