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Interior

Empresa falida é multada em R$ 364 mil por incêndio em canavial e mata nativa

Área da Tonon Bioenergia passou por quemada no dia 26 de agosto, atingindo 304 hectares

Lucia Morel | 06/09/2020 09:28
Empresa falida é multada em R$ 364 mil por incêndio em canavial e mata nativa
Área de mata nativa da Fazenda Bom Retiro, da empresa, também foi atingida pelo fogo. (Foto: PMA)

Incêndio atingiu 304 hectares da Fazenda Bom Retiro, de empresa Tonon Bionergia, cuja falência foi decretada em março deste ano. Localizada na MS-164, em Maracajú, a 158 Km de Campo Grande, a usina foi multada em R$ 364 mil pela PMA (Polícia Militar Ambiental).

Segundo a corporação, houve denúncia anônima de que incêndio teria ocorrido em área plantada de cana-de-açúcar e em área de vegetação nativa. Em vistoria no local ontem, policiais identificaram o dano e responsável pelo local informou que houve queimada no dia 26 de agosto.

Empresa falida é multada em R$ 364 mil por incêndio em canavial e mata nativa
Do canavial, foram 289 hectares queimados. (Foto: PMA)

Segundo levantamento dos militares ambientais, o fogo atingiu 289 hectares do espaço de cana-de-açúcar e mais 15 hectares de vegetação nativa, que é de dentro de área protegida de reserva legal da propriedade.

No Distrito de Vista Alegre, onde fica o escritório de representação da empresa, a PMA fez a autuação administrativa, sendo que parte da multa - R$ 289 mil –  pela queima da cana e o restante - R$ 75 mil – é pelo incêndio na área protegida de vegetação nativa.

Conforme a corporação, os responsáveis poderão responder por crime ambiental de provocar incêndio em mata ou floresta, com pena de dois a quatro anos de reclusão.

Falência - Decretação de falência judicial é de março, por descumprimento do plano de recuperação judicial pela empresa, em diversos pontos, como falta de relatórios mensais das atividades, não pagamento dos credores, tributos e os honorários da administradora judicial.

A falência agrava ainda mais a situação de 600 trabalhadores da usina, que desde o final do ano passado estão sem receber salários no pequeno distrito de Vista Alegre, em Maracaju. Muitos empresários da cidade estão inclusive fazendo vaquinhas para ajudar as famílias com cestas básicas.

De acordo com a sentença proferida pela juíza de Direito Daniela Almeida Prado Ninno, da 3ª Vara Cível da Comarca de Jaú (SP), responsável pela ação, ela mudou para falência a recuperação judicial das empresas que compõem o grupo, após o administrador judicial apontar inúmeras irregularidades como não cumprir o plano de recuperação judicial.