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Interior

Gerente da “patroa do tráfico” era procurado e usava identidade falsa

Defron descobriu que Rodrigo Ribeiro da Silva na verdade é Paulo Jovanis de Souza Paula

Helio de Freitas, de Dourados | 15/03/2021 10:53
Presos em depósito de drogas quando chegavam à sede da Defron (Foto: Adilson Domingos)
Presos em depósito de drogas quando chegavam à sede da Defron (Foto: Adilson Domingos)

Rodrigo Ribeiro da Silva, o homem ferido a tiros por policiais da Defron (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Fronteira) há uma semana em Ponta Porã (323 km de Campo Grande) usava identidade falsa. Na verdade, trata-se de Paulo Jovanis de Souza Paula, 34, com extensa ficha criminal e com dois mandados de prisão decretados por envolvimento com o tráfico de drogas.

Ainda internado no Hospital Regional de Ponta Porã se recuperando do ferimento à bala na barriga, Paulo Jovanis é o gerente do esquema de envio de maconha e pasta-base de cocaína para Bahia, São Paulo e Minas Gerais descoberto no dia 8 deste mês pela Defron.

A rota era comandada por Camila Zeballos Villa Alta, 28, a “patroa do tráfico” presa no dia 9 deste mês no aeroporto de Dourados quando se preparava para embarcar para Salvador (BA). Nascida no Paraguai, ela também tem identidade brasileira.

No barracão localizado no bairro Jóquei Clube, em Ponta Porã, os policiais apreenderam sete toneladas de maconha que estavam sendo escondidas em um caminhão com fertilizante. Fardos de água mineral que seriam usados para disfarçar outra carga também foram encontrados no local.

Segundo a Defron, depois de sacar o revólver calibre 38 que carregava na cintura e ser baleado pelos policiais, Paulo Jovanis apresentou documentos em nome de Rodrigo Ribeiro de Silva. De imediato houve suspeita de que a identidade era falsa.

Durante investigação dos dados no sistema, a polícia descobriu a farsa. Agora, além dos crimes de tráfico, associação para o tráfico, corrupção de menor (ele tinha contratado um garoto de 14 anos para trabalhar no depósito de maconha), Paulo Jovanis, conhecido como “Japa”, vai responder por uso de documento falso.

Na sexta-feira (12), o juiz da 2ª Vara Criminal de Ponta Porã, Marcelo Guimarães Marques, decretou a prisão preventiva de Camila, de Rodrigo (Paulo Jovanis), de Raul Felipe Teixeira dos Santos (enteado de Jovanis), de Everton Barbosa Ortiz e do paraguaio Cristian Rojas Vilhagra. Todos já foram levados para presídios.

Hoje (15), o escritório de advocacia Carpes Ely protocolou pedido de liberdade provisória de Camila Zeballos alegando que ela é a única responsável pelas filhas de 5 e 8 anos que estavam com ela no momento da prisão.

A defesa também alega que a suspeita de ligação dela com o tráfico serão objeto de instrução processual, “mesmo porque as alegações policiais sem provas e sem flagrante presencial não se revelam capazes de inferir a autoria dos fatos”. O pedido ainda será analisado.

A polícia sul-mato-grossense ainda aguarda informações sobre a prisão na Bahia de de Mauricio Alberto Pallos de Souza, 30, o “Mau-Mau”, que seria marido de Camila. Ele é apontado como o outro chefe da quadrilha e responsável em distribuir a droga enviada da fronteira.

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