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Interior

Grupo investigado por linchamento é suspeito de mais dois casos

Caroline Maldonado | 09/06/2014 17:45

Um caso de espancamento, ocorrido há cerca de quinze dias em Ponta Porã, município a 323 quilômetros de Campo Grande, pode ser mais uma ação do grupo que matou o morador de rua Valdir Vilhalba Alves, 30 anos, no dia 29 de maio. O grupo ainda é suspeito de ter espancado um outro rapaz, que também foi acusado de furto, na Vila Áurea.

Em quinze dias, ao todo são três crimes e cerca de oito pessoas suspeitas de fazer ronda na cidade, em uma caminhonete e um carro de passeio para perseguir e agredir possíveis ladrões ou dependentes químicos. A vítima do primeiro crime, há cerca de quinze dias, foi um homem de 28 anos, que não teve a identidade revelada.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Jarley Inácio de Souza, o depoimento desse homem é indispensável para a investigação, mas ele ainda não foi encontrado pela polícia. O delegado contou que depois de ter sido agredido gravemente, o homem foi hospitalizado e, em seguida, detido pela polícia, pois a Polícia Militar constatou que ele havia furtado objetos da vizinhança.

O homem foi liberado e a polícia acredita que ele pode ter saído da cidade por medo de sofrer novas agressões. “Precisamos ouvir essa vítima para saber se realmente foi o mesmo grupo que o agrediu, pois isso pode até mudar a tipificação do crime”, afirmou o delegado, ao explicar que no caso de se tratar de um grupo que persegue as pessoas, o crime é mais grave.

Um homem, de aproximadamente 40 anos, também pode ter sido vítima do grupo, um dia antes do linchamento de Valdir Vilhalba, acusado por populares de roubar cadeiras de uma residência. A polícia não divulgou o nome dessa outra vítima, mas informou que já tomou seu depoimento. O delegado quer encontrar um vídeo que, segundo pessoas ouvidas, foi gravado por uma testemunha do último crime.

A suspeita do delegado é de que todas as vítimas sejam dependentes químicas, que são alvo dos criminosos por cometerem pequenos furtos na região. “Pelas informações que temos, esse grupo sabe quem são os suspeitos de furtar cadeiras ou roupas do varal e esperam as vítimas para flagrar e agredir”, explica Jarley.

O delegado disse que a Polícia Civil não tem responsabilidade quanto aos dependentes químicos que moram nas ruas, mas está estudando uma maneira de tomar medidas que possam evitar essas situações. “Isso já não é um caso de polícia e sim de saúde pública, mas nós estamos pensando em algo que possa ajudar a resolver esse problema e acredito que, dentro de tês meses, vamos nos articular com outros órgãos para tomar medidas que melhorem isso”, garantiu o delegado.

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